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Morro da Mangueira, no Rio: atletas australianos não poderão fazer tour pelas favelas cariocas. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Morro da Mangueira, no Rio: atletas australianos não poderão fazer tour pelas favelas cariocas.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Após o medo com a zika, agora o receio do Comitê Olímpico Australiano em relação aos Jogos no Rio são as favelas.

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Em entrevista neste fim de semana ao jornal Herald Sun, de Melbourne, a chefe de missão da equipe australiana Kity Chiller afirmou que certas áreas do Rio estavam vetadas para os atletas e citou as favelas cariocas como exemplo.

“Estamos adotando este protocolo. Não permitiremos que ninguém vá a passeios turísticos em favelas, serão áreas que não iremos. Eu falei com Greg [Nanse, especialista em segurança] sobre a turista [argentina] que foi assassinada na praia de Copacabana”, disse Kity Chiller ao jornal australiano.

Mike Tancred, diretor de comunicação do comitê australiano, confirmou o veto às favelas. A recomendação veio de Greg Nanse, que acompanhará a delegação do país ao Rio, em agosto.

“Nós temos um time de 450 atletas e seria impossível para nós permitir que nossos atletas visitem favelas porque nós não poderíamos policiar visitas envolvendo um grande números de atletas indo a lugares diferentes ao mesmo tempo”, disse Tancred.

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A turista argentina morta a facadas na madrugada da última quinta-feira (18), na praia de Copacabana, é Laura Pâmela Viana, 25. Ela estava com três amigas na areia, próximo ao Copacabana Palace, quando foram abordadas pelos criminosos por volta das 2h30. Na quinta (20), a Justiça do Rio decretou a prisão de um suspeito.

Apesar do caso ter sido tema dentro do Comitê Olímpico Australiano, o diretor de comunicação diz que a famosa praia da zona sul carioca servirá de local para diversão da delegação.

“Nossos atletas certamente irão se engajar com os moradores do Rio e vão aproveitar para se divertir em Copacabana. Mas as favelas são áreas que não podemos controlar e a segurança pessoal dos nossos atletas está em primeiro lugar”, concluiu Tancred.

Zika

No início de fevereiro, para tentar diminuir os riscos de sua delegação ser acometida pela zika, o Comitê Olímpico da Austrália anunciou parceria com uma empresa de repelentes para os Jogos do Rio. A Bushman, empresa australiana, vai prover cerca de mil repelentes para atletas e oficiais do país trazerem para o Brasil.

Além de receberem os repelentes, atletas e oficiais do país também foram instruídos a trazerem telas anti-mosquito ao Brasil, para usarem enquanto dormem na Vila dos Atletas.

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