Debaixo de chuva por quase todos os 42,195 km, a maratona para os homens na Rio-2016 terminou com vitória de Eliud Kipchoge, com 2h8min44 – mais de dois minutos acima do recorde olímpico e pouco menos de seis minutos do mundial.
Os brasileiros não chegaram perto dos primeiros e o melhor colocado foi Paulo Roberto Almeida, em 15.°, a 5min12 do medalhista de ouro. A prova aconteceu na manhã deste domingo (21), com largada e chegada no sambódromo.
- Dono de bar, bilionário e comedor de frango frito. Veja 30 curiosidade de Bolt, que completa 30 anos no domingo
- Lochte assume responsabilidade por escândalo no Rio
- Na despedida de Serginho, seleção vai jogar pelo ouro e pelo líbero
- Gambiarra abre espaço para tecnologia japonesa na cerimônia de encerramento
Marilson Gomes dos Santos ficou com a 59.ª posição e Solonei Rocha acabou em 78.°. A prata foi de Feyisa Lilesa, da Etiópia, e, o bronze, do americano Galen Rupp.
O resultado é pior que o alcançado em Londres-2012, quando Marilson Gomes dos Santos acabou em quinto -melhor resultado do atletismo brasileiro naquela competição.
A maratona era a última esperança do COB (Comitê Olímpico do Brasil) tentar alcançar a meta estipulada, de ficar entre os dez primeiros na Rio-2016 por total de medalhas. O Brasil tem 18 medalhas até o momento, sem contar a do vôlei masculino, que será ouro ou prata, e poderia conseguir mais três maratona. Algo improvável, como se constatou após a prova.
Nos primeiros 20 km, os brasileiros correram praticamente lado a lado, em um segundo pelotão formado, que corria cerca de 10 segundos atrás dos líderes. Aos poucos, Paulo Roberto desgarrou dos conterrâneos, mas não teve força para chegar perto dos primeiros colocados.
Saldo positivo
O saldo do atletismo brasileiro na Rio-2016, porém, é positivo. Thiago Braz, no salto com vara conquistou um inédito ouro nessa prova -o Brasil não subia no lugar mais alto do pódio no atletismo desde Pequim-2008, com Maurren Maggi no salto em distância.
Na marcha atlética, o Brasil conquistou as melhores colocações da história, com o 4° e 8° lugares de Caio Bonfim, nos 20 km e 50 km, respectivamente, e com o 7° lugar de Érica Sena nos 20 km para as mulheres.
No Engenhão, onde as maiorias provas da modalidade aconteceram, o Brasil chegou em seis finais, com destaque para a quinta posição de Darlan Romani no arremesso de peso, melhor resultado da história nessa prova.