O britânico Greg Rutherford, campeão olímpico do salto em distância, decidiu congelar seu esperma por temer o vírus da zika nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em agosto.
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A esposa de Rutherford, Susie Verrill, disse que o casal estava cada vez mais preocupado com o vírus, transmitido pelo mosquito Aeades aegypti, e que pode acabar provocando microcefalia nos bebês.
O vírus também pode ser transmitido por via sexual e provocar problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barre, que causa paralisia e morte.
Verrill disse que o vírus da Zika teve muito peso em sua decisão de não acompanhar o marido ao Rio de Janeiro ao lado de seu filho, Milo.
“Não somos pessoas que nos preocupamos desnecessariamente, porém mais de 100 especialistas médicos aconselharam a transferência dos Jogos para evitar que a propagação da doença se tornou um grande fator para que decidíssemos ficar”.
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Leia a matéria completa“Além disso, decidimos congelar o esperma de Greg. Gostaríamos de ter mais filhos”, completou.
O ministro dos Esportes do Brasil, Leonardo Picciani, afirmou na terça-feira à AFP que é “impossível” adiar os Jogos Olímpicos e que acredita que em agosto não existirão mais casos do vírus no Rio.
“É impossível, não há a menor possibilidade” que se suspenda ou transfira os Jogos, disse Picciani. “O Brasil está seguindo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra o vírus”, afirmou.
“As autoridades brasileiras estão tendo sucesso nessa luta, tivemos uma redução significativa de casos. Primeiro foram registrados 4.000 casos, em maio já havia baixado para 700 e esperamos que cheguem perto de zero em agosto”, estimou o ministro do governo interino de Michel Temer.
A doença provoca inquietação entre os atletas. O jogador de basquete espanhol Pau Gasol disse que considera a possibilidade de não disputar os Jogos e os golfistas Marc Leishman e Vijay Singh desistiram por este motivo.
A zika pode causar malformações congênitas, como a microcefalia, que faz com que os bebês nasçam com o cérebro e a cabeça menores que o normal. Quase 1.300 bebês nasceram no Brasil com malformações irreversíveis desde que o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, começou a transmitir o zika no ano passado.
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