A repercussão negativa da cena prevista para a abertura da Olimpíada, na sexta-feira (5), envolvendo a modelo brasileira Gisele Bündchen, em que ela seria supostamente assaltada, deve fazer os organizadores do evento reverem esta parte da cerimônia. A informação é do site Uol.
Durante toda a segunda-feira (1) muitas pessoas se manifestaram pelas redes sociais mostrando-se contra a cena, em que a distância a modelo estaria sendo assaltada por um menino com trajes simples. Na verdade ela estaria protegendo o ambulante da perseguição de policiais. A dificuldade de interpretação fará com que a cena , vista em um ensaio no domingo (31), seja revista.
Cerimônia
O espetáculo de quase cinco horas conta com a iluminação e alegorias completas e apresenta um resumo da história do Brasil, da chegada dos colonizadores portugueses até a urbanização das grandes cidades.
No início, três caravelas cruzam o gramado, protegido por uma grande lona. Projeções e dançarinos em fantasias azuis, simulam o mar.
Logo, a construção das primeiras instalações do país por índios escravizados ganha a cena. O cenário se transforma até chegar aos dias atuais, com a projeção de uma favela em uma estrutura de blocos onde participantes praticavam parkour.
Um ponto alto da cerimônia será o voo de um 14 Bis, a invenção de Santos Dumont, que atravessou todo o estádio, suspenso em um cabo.
Depois da retrospectiva histórica, haverá a apresentação de ritmos brasileiros, com direito a clássicos da bossa nova como “Corcovado” e “Garota de Ipanema”.
Completando o repertório, muito samba, funk e rap, com gravações de artistas como Claudinho e Bochecha e Marcelo D2. Como mestres de cerimônia, participarão a jornalista Glória Maria e a atriz Regina Casé.
No ensaio também foi simulado o desfiles das delegações de cada país, com os atletas representados por voluntários.
O público aplaudia efusivamente, desde as mensagens sobre as consequências do aquecimento global que apareceram nos telões antes da simulação das delegações até a passagem de cada país, anunciado nos telões. Uma das mais aplaudidas foi a dos atletas refugiados.
“A parte musical foi o que mais gostei, pelos arranjos diferentes”, disse o técnico de TI Jefferson Cindra, 25. Ele chegou com a namorada faltando 15 minutos para a abertura dos portões e esperou quase duas horas na fila.
Para quem chegou cedo, a entrada foi tranquila. Mas a marcação de lugares não funcionou, sendo ignorado pelas pessoas e modificada pela própria organização durante o evento.
Fábio Camargo, 38, e a filha Ana Clara, 5, foram ao Maracanã para ver sua mulher, que participa da coreografia em homenagem aos índios do Brasil.
“Essa é a chance das famílias verem o trabalho de quem está construindo este show”, disse Camargo.
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