A nadadora paranaense Alessandra Marchioro, 22 anos, quer mudar seu status nos próximos dias. De ‘apagadinha’ para classificada para a Olimpíada do Rio. A última oportunidade para garantir a vaga é no Troféu Maria Lenk, que começou nessa sexta-feira (15) e termina na próxima quarta (20), no Estádio de Esportes Aquáticos, na capital carioca.
Na piscina do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, a curitibana colocará à prova o trabalho de dois ciclos olímpicos. Quatro anos atrás, quando era considerada uma promessa da natação nacional, ela ficou a apenas 16 centésimos da classificação nos 50 m livres.
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Depois da frustração por não competir em Londres-2012, Alessandra se deparou com uma série de percalços. Trocou de técnico duas vezes, perdeu a motivação e quase desistiu da carreira de atleta – cursar medicina era uma de suas opções.
Mas insistiu no sonho, deixou a família em Curitiba e se mudou para Santos, onde, desde fevereiro do ano passado, passou a treinar na equipe da universidade Unisanta. Superada a fase de adaptação, garante que está treinando ‘como nunca na vida’ para deixar a fase de pouco destaque no passado.
“Nessa transição não tive bons resultados, fiquei meio apagadinha e tudo mais. Confesso que meu ciclo olímpico poderia ter sido melhor. Na verdade, fiquei todo esse tempo tentando encontrar a vontade de treinar, de competir. E também perder o medo de competir”, revela a atleta, de 1,82m, que já foi chamada de ‘Cielo de maiô’, em referência ao também velocista Cesar Cielo.
Curitibana tenta vaga para ser a mais jovem do Time Brasil
A curitibana Rafaela Raurich, do Clube Curitibano, também tenta a classificação para a Olimpíada no Troféu Maria Lenk.
A atleta de 15 anos busca vaga no revezamento 4x200 m livres, prova na qual tem a quinta melhor marca.
Ela precisa fazer o melhor tempo da carreira e bater os 2min00s54 da mineira Larissa Oliveira, para se garantir na equipe – a melhor marca de Rafaela foi 2min00s67.
Caso consiga, será mais jovem da delegação brasileira na Rio-2016.
Alessandra conta que precisou se redescobrir para parar de travar toda vez que subia no bloco de largada. Mesmo com bom desempenho nos treinos, ela sentia demais a pressão das competições. Recorreu a um psicólogo para voltar a ser competitiva na piscina.
“Trabalhei muito a cabeça, então posso dizer que para o Maria Lenk vou ser uma nova Alessandra. Independentemente do resultado. Espero que venham coisas boas porque estou muito confiante, voltei a ter felicidade em nadar. A Alessandra atrás da baliza vai ser diferente do que estava sendo”, promete.
A paranaense cai na água na segunda (18) e na quarta (20), para tentar os índices na provas de 100 m livres e 50 m livres, respectivamente. Missões difíceis, mas não impossíveis, diz.
“Teoricamente no 50 m é um pouco mais fácil. Já faço o tempo nos treinos e dá para pensar no índice. Nos 100 m preciso baixar cerca de 1,5 segundos. Mas não é um tempo impossível. Era eu que não estava nadando tão bem”, garante Alessandra, que coloca a prova dos 50 m livre como prioridade.
A marca mínima a ser atingida é 24s91, tempo necessário para superar a gaúcha Gracielle Hermann, segunda atleta classificada atualmente – Etiene Medeiros é a outra.
“O Maria Lenk é última chance. Não posso estragar nada. Tem de ser tudo perfeito”, finaliza Alessandra.
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