O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgou nesta quarta-feira o plano de apoio à preparação do atletismo para os Jogos do Rio, em 2016, modelo que também tem sido aplicado a outras modalidades olímpicas. Em parceria com a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e Ministério do Esporte, a entidade trabalha atualmente com um grupo de 42 atletas que mostraram potencial de evolução nos próximos dois anos do ciclo olímpico.
De acordo com Jorge Bichara, gerente geral de performance esportiva do COB, as metas para a modalidade no Rio são de aumento de participação em finais e conquista de medalhas. O COB investirá R$ 1,5 milhão em 2014, em recursos do Fundo Olímpico, destinado a projetos especiais. Há, ainda, valores da CBAt (que recebe R$ 16 milhões da Caixa Econômica Federal e R$ 3,8 milhões da Lei Agnelo Piva) e do Ministério do Esporte, com R$ 6,5 milhões do Plano Brasil Medalhas.
Os atletas contemplados no plano (que poderá ser modificado para a inclusão ou exclusão de atletas ou provas) estão fazendo períodos de treinamento no Brasil e no exterior. O grupo do salto com vara, por exemplo, que conta com os campeões mundiais Fabiana Murer e Thiago Braz, está na treinando na Itália e competindo na Europa. Campeão mundial indoor do salto em distância, Mauro Vinícius da Silva, o Duda, está em concentração em Lisboa e também participou de torneios europeus. "Não estamos falando de algo que vai acontecer, mas de um projeto que já está em andamento", afirmou Bichara.
Para Bichara, o fato de o Brasil não ter conquistado medalhas no Mundial de Moscou, em 2013, não trouxe preocupação extra na montagem do plano. "Pelo contrário, acho que algumas provas mostraram potencial de evolução positiva, e fez redirecionar recursos, como nos 400 metros, 4x400 metros masculino, decatlo e salto com vara masculino. É uma questão de interpretação."
A visão da CBAt é de que os investimentos servirão para um trabalho forte de preparação em 2014. Os resultados, afirma Antônio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da entidade, terão de aparecer no ano que vem. "De agosto de 2015 para 2016, o cenário vai mudar muito pouco. Então, quem pensa em fazer resultado, vai ter que treinar muito até junho de 2015", avaliou. "Não podemos garantir que esse investimento dará medalhas, mas a chance de dar certo, aumentou."
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