
Buffet por R$ 98 o quilo. Um salgado custa R$ 18, enquanto um simples hamburguer é vendido por R$ 25. Com esses preços no restaurante do Parque Olímpico da Barra e poucas opções de estabelecimentos no entorno, alimentar-se não é tarefa fácil para quem tem está trabalhado na Rio-2016.
Tanto que o humilde restaurante de Sueli Ferreira Campos, na favela da Vila Autódromo, ao lado do parque, virou uma das opções. Por R$ 13, come-se no almoço um prato feito com arroz, feijão, macarrão, bife e salada. Dá também para tomar um cafezinho e comer um misto quente de manhã ou de tarde.
“Se não fosse esse restaurante, a gente simplesmente não teria onde comer aqui. É tudo muito caro”, afirma o motorista Paulo Roberto, que está trabalhando para uma rede de televisão do Japão nos Jogos.
Sueli afirma que tem vendido, em média, 50 pratos feitos por dia para o pessoal que trabalha no Parque Olímpico. “Têm horas que forma fila. Até gente engravatada está vindo comer aqui”, afirma a cozinheira, que dispõe poucas mesas embaixo de um toldo para os clientes.
Já o ambulante Cássio Ramos da Silva bate ponto com sua bicicleta e o isopor com os salgados que vende há duas semanas em frente à entrada do centro de imprensa da Rio-2016. Ali ele tem conseguido vender os 40 salgados que a tia produz todo dias por R$ 4 cada. “Antes da Olimpíada, eu tinha de pedalar bastante para vender 20 salgados”, compara.
Ramos também vende água mineral por R$ 2, café por R$ 1,50 e guaraná em copo também por R$ 1,50. No restaurante do Parque Olímpico, o refrigerante custa R$ 8 e a água mineral, R$ 6. Já uma lata de cerveja sai por R$ 12. Os preços assustaram os técnicos de áudio mexicanos Héctor López, Emanuel Delgado e Juan Savala, que no fim da tarde de quarta (28) optaram por comer os salgados de Ramos.
“Além do preço muito caro, no México comida de rua é uma tradição e aqui não há muitas opções”, diz López.
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