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Marchioro: treino forte | Satiro Sodré/ Divulgação/ CBDA
Marchioro: treino forte| Foto: Satiro Sodré/ Divulgação/ CBDA

Dez anos depois de dar as primeiras braçadas, a curitibana Alessandra Marchioro encara uma rotina intensa de treinamentos para buscar a maior conquista da carreira: chegar aos Jogos Olímpicos do Rio em 2016. Após ter ficado de fora da edição de 2012 em Londres por apenas 16 centésimos, a atleta de 21 anos treina seis vezes por semana de olho no cronômetro, já que sua especialidade é a prova mais rápida da natação, os 50 metros nado livre. "Meu treino é totalmente focado na velocidade, eu sei exatamente quantas braçadas e o que eu tenho que fazer em cada trecho da piscina para baixar meu tempo", aponta.

E todo esse empenho dedicado a eliminar centésimos de segundo em sua marca já surtiram efeito no desempenho da nadadora nos 50 m. Se a seletiva olímpica fosse hoje, Alessandra já estaria classificada, considerando o índice da edição de 2012. Com a linha de corte cravada em 25s20, hoje ela já atingiu o tempo de 25s17. "Só conseguimos saber qual vai ser o tempo mínimo para ir aos Jogos no ano que vem, e com certeza ele vai estar abaixo do último índice. Então eu treino forte para chegar lá e fazer uma prova perfeita, sem surpresas".

Com 1,83 m, ela já é um dos destaques entre os nadadores brasileiros e no Sul-Americano disputado em Mar del Plata no início do mês, onde ficou com a prata na prova, atrás da brasileira Graciele Herrmann, com o tempo de 26s31, bem abaixo do seu ideal. "Como fiquei algumas semanas de férias, sem treinar, e também estava trocando de técnico, precisando me readaptar a um novo treino, não consegui me preparar muito para a competição e acabei ficando abaixo do esperado", analisa Alessandra, que considerou o segundo lugar um bom resultado nesse momento de volta aos treinos.

Na última edição dos Jogos Olímpicos, mesmo sem alcançar o índice para competir, ela foi a Londres como convidada da delegação brasileira e pôde conviver com atletas internacionais e ver a rotina de uma disputa olímpica. "Achei que iria ficar frustrada por não competir, mas no fim das contas foi uma experiência incrível. Pude conhecer a Vila Olímpica, os atletas e a rotina da competição, sem sentir a pressão de nadar", resume.

Com o foco voltado para o índice olímpico, a "Cielo de maiô", apelido que recebeu em comparação ao brasileiro recordista na mesma modalidade, entrou em uma rotina intensa de treinos, que exige dedicação total e uma certa dose de sacrifícios pessoais. "Meu maior desafio é não me desconcentrar, não perder o foco dos treinamentos, só assim vou poder ter êxito e conquistar meu objetivo". Com esse pensamento, ela decidiu morar sozinha e parar os estudos por um tempo. "Como eu quero fazer medicina, é bem complicado fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Então achei melhor nesse momento parar os estudos, poupar minha família da pressão dos treinos e dedicar meu tempo integralmente aos Jogos Olímpicos".

A determinação de Alessandra também é seu estímulo para não apenas chegar aos Jogos, mas fazer bonito nas piscinas, com a presença da torcida brasileira. "Estou me dedicando como nunca, então tenho ótimas expectativas, porque já alcancei o último índice e continuo treinando muito para baixar esse tempo, pois eu não quero só estar lá para participar dos Jogos, quero ser competitiva e buscar a medalha".

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