Operários correm contra o relógio para consertar a principal rampa da Marina da Glória, que servirá para as embarcações de vela e windsurf durante os Jogos do Rio e foi danificada por fortes ventos e pela ressaca, a uma semana do inicio das competições, na Baía da Guanabara.
“Essa é a rampa mais larga. Chegaram ontem com gruas para começar os reparos. Ainda bem que todos os atletas não chegaram ainda”, disse à AFP um membro da seleção brasileira de vela que pediu o anonimato.
“Na minha opinião, foi mal construída”, criticou. “Além disso, catamarãs e outros barcos que estavam ao lado, na praia do Flamengo, decidiram vir aqui, porque a praia foi comida pela ressaca”, ressaltou.
A rampa instalada provisoriamente na Marina de Glória, principal acesso para as embarcações durante as competições olímpicas, foi parcialmente derrubada no sábado “como consequência da ressaca”, informou um porta-voz do Comitê Organizador Rio-2016.
“Os danos serão resolvidos. Isso também aconteceu em edições anteriores dos Jogos”, minimizou o presidente do Comitê Organizado, Carlos Arthur Nuzman.
Nesta segunda-feira, os velejadores tiveram que usar outra rampa, menor que aquela que foi danificada.
“Por enquanto, não é um problema, mas seria se acontecesse durante as competições, com todo mundo aqui”, alertou à AFP o espanhol Santiago López Vázquez, treinador da classe Nacra 17.
A principal preocupação dos velejadores continua sendo a poluição da Baía de Guanabara, contaminada há décadas por toneladas de lixo e águas de esgotos não tratados.
Embora as autoridades tenham abandonado a meta inicial de despoluir 80% da Baía, houve a garantia de que as provas olímpicas de vela aconteceriam em condições “convenientes”. As primeiras regatas estão marcadas para a próxima segunda-feira, dia 8 de agosto.
“A poluição é um grande problema. Encontramos de tudo na Baía e isso pode afetar nossos resultados. Além disso, é perigoso”, lamentou López Vázquez.
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