A nadadora brasileira Joanna Maranhão desabafou após ser eliminada da prova de 200m borboleta na tarde desta terça-feira (9), seu último compromisso nos Jogos do Rio. Alvo de comentários agressivos no Facebook desde o último fim de semana, Joanna comentou o caso no canal SporTV.
“É direito das pessoas não gostarem do meu rendimento. Todo o mundo quer que um atleta brasileiro esteja no pódio, mas nem todo o mundo compreende a competitividade da natação. Isso é compreensível. O que ultrapassa os limites é desejar que eu seja estuprada, que a minha mãe morra, que um bandido me mate, que eu me afogue, falar que a história da minha infância foi inventada para estar na mídia. As pessoas se sentem seguras atrás de um computador”, disse.
Na madrugada desta terça-feira, a nadadora já havia se pronunciado em sua página do Facebook. “A todos os perfis verdadeiros que vieram até aqui denegrir, ofender e xingar: muito obrigada! Fiquei em silêncio permitindo que vocês se sentissem a vontade enquanto o advogado coletava nome, dados e CPF de cada um. A partir da próxima semana estaremos entrando com ação na Justiça, com todas as provas (inclusive cobertura da imprensa”, escreveu.
“Trata-se de uma causa ganha e com esse dinheiro estaremos potencializando as ações da ONG infância livre. Sendo assim: muito obrigada! O ódio de vocês será revertido para uma boa causa; combate à pedofilia”, completou.
Os comentários agressivos começaram no último fim de semana, quando Joanna publicou um agradecimento por estar na Rio-2016, logo após eliminação no revezamento. Muitas das ofensas tinham teor político, já que a atleta nunca escondeu seu posicionamento nas redes sociais.
Primeiro ataque
Esta não foi a primeira vez que a nadadora foi vítima de violência nas redes sociais. Em maio, internautas adulteraram o perfil da nadadora Joanna Maranhão, no Wikipedia, chamando-a de ‘comunista’. A ação aconteceu apenas um dia após Joanna, via Facebook, ter revelado que foi hostilizada em São Paulo ao pedir para um motorista tirar o carro de uma ciclovia. “Vagabunda petista”,postou o agressor.