Andreia Bandeira foi derrotada pela chinesa Qiao Li| Foto: Yuri CORTEZ / AFP/

A disputa do boxe na Rio-2016 vai até sábado (20), mas o Brasil já se despediu da modalidade nesta quarta-feira (16), na derrota da peso médio (até 76 kg) Andreia Bandeira para a chinesa Qiao Li nas quartas de final.

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Se tivesse passado à semifinal, a pugilista paulista de 29 anos teria conseguido a segunda medalha da modalidade ao país – como no boxe não há decisão de terceiro lugar, ela já teria o bronze garantido.

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Em termos de pódio, o pugilismo do Brasil saltou da prata de Esquiva Falcão em Londres-2012 na categoria médio (até 76 kg) para o ouro inédito de Robson Conceição na categoria leve (até 60 kg) na Olimpíada do Rio. Entretanto, teve menos atletas classificados e ficou com menos medalhas.

Há quatro anos, com dez lutadores, um a mais do que no Rio, o Brasil conquistou três pódios. Além da medalha de prata de Esquiva, o país ainda conquistou o bronze no meio-pesado (até 81 kg) com o irmão dele, Yamaguchi Falcão, e com Adriana de Araújo no peso leve (até 60 kg).

As conquistas na capital britânica marcaram o fim do jejum de 44 do Brasil no pódio no boxe em Olimpíadas. Até então, o bronze de Servílio de Oliveira na Cidade do México em 1968 era a única medalha brasileira na modalidade até então.

No Rio, entretanto, Adriana não se classificou à final. Já os irmãos Falcão, que poderiam garantir mais medalhas ao Brasil, abandonaram o boxe olímpico em 2014 para se dedicar à modalidade na categoria profissional.

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Antes da participação brasileira na Rio-2016, o chefe da delegação brasileira de boxe, o cubano Otílio Toledo, acreditava ser possível superar a quantidade de medalhas de Londres. Porém, o ouro de Conceição acabou sendo a única medalha.

CONTROVÉRSIA

Juízes e árbitros oficiantes foram excluídos dos Jogos após várias decisões controversas, anunciou a Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA), que organiza as provas no Rio. Dos 239 combates travados desde o início da competição, “algumas decisões estiveram abaixo do nível esperado”, indicou a AIBA, cuja comissão reviu as disputas. “Por isso, foi decidido (...) que os árbitros e os juízes em causa não atuarão mais nos Jogos Olímpicos do Rio”, continuou a entidade, em um comunicado, sem especificar quantos profissionais foram afastados.