Dia histórico para a ginástica artística brasileira nos Jogos Olímpicos. Na prova de solo da Rio-2016, pela primeira vez o país colocou dois ginastas no pódio: Diego Hypolito, prata, conta nota 15.533,e Arthur Mariano, o Nory, bronze, com 15.433. O ouro ficou com o britânico Max Whitlock, com 15.633. Desde Atlanta-1996, quando conquistou ouro e prata no vôlei de praia, o Brasil não fazia uma dobradinha no pódio.
Levou oito anos para Diego Hypolito conquistar a primeira medalha olímpica. O atleta mais experiente da equipe brasileira de ginástica artística, com 30 anos, 15 deles defendendo a seleção, concluiu o que começou há oito anos: fez uma apresentação perfeita na final da prova de solo da Rio-2016.
“Que apresentação linda. Foi lindo. A medalha dele é minha também”, comemorou a irmã, Danielle Hypolito, que se despediu dos Jogos no Rio.
“O Diego é um exemplo pra muita gente que falou que ele nem chegaria à Olimpíada. Quem trabalha duro, o resultado é a medalha”, comemorou o técnico Marcos Goto
Em Pequim-2008, toda a expectativa estava em cima do paulista criado no Rio. Após se classificar em primeiro para a final, Diego estava perto de se tornar o primeiro ginasta brasileiro a subir no pódio, quando levou um tombo na apresentação decisiva. Caiu de bunda no chão e não conquistou medalha.
“Hoje eu cai de pé”, disse. “Dedico ao povo brasileiro. Não se pode desistir de um sonho jamais”, completou com a medalha de prata no peito.
Quatro anos depois, outro tombo. Em Londres-2012, o ginasta foi de cara ao chão ainda na fase classificatória. Nem à final chegou.
Mas disputando a Olimpíada em casa seria diferente. O sorriso no fim da disputa era o alívio do ginasta, que em 2013 foi diagnosticado com depressão e chegou a perder 10 kg.
O primeiro abraço ao sair do tablado foi ao técnico Marcos Goto, que transformou Arthur Zanetti no primeiro ginasta brasileiro campeão olímpico na prova de argolas, em Londres-2012. Após o afastamento do técnico Fernando Lopes, acusado de abuso sexual, Diego foi buscar apoio com Goto. E não se arrependeu. Agradeceu muito o treinador ao se classificar à final.
Já Mariano representa a nova geração da ginástica. Um dos mais novos, aos 22 anos, o ginasta começa bem a trajetória no esporte.
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