Em discurso para recepcionar a Tocha Olímpica, a presidente Dilma Rousseff prometeu nesta terça-feira (3) a realização de Jogos Olímpicos bem sucedidos, apesar de o país atravessar um período crítico de sua história.
O discurso não deixou de lado o tom político: “Sabemos as dificuldades políticas que existem no nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico de nossa história e da história da democracia do nosso país, saberá conviver”, afirmou Dilma, ao receber a tocha olímpica em Brasília.
“O Brasil se torna agora o país das Olimpíadas com o acendimento da tocha olímpica. A emoção deste dia, sem sombra de dúvida, vai ficar marcada na nossa memória, no nosso coração e na história do nosso país. E também na história dos Jogos Olímpicos”, discursou a petista.
Um grupo de manifestantes protestou contra o processo de impeachment de Dilma durante o revezamento da Tocha Olímpica, minutos depois da presidente recepcionar a chama. Os manifestantes ergueram, em frente ao Palácio do Planalto, faixas com a frase “Não ao golpe”, escrita em diversas línguas – árabe, russo, alemão, espanhol e inglês. Durante os intervalos dos discursos, alguns servidores do Planalto gritaram “Não vai ter golpe” e “Dilma, guerreira, do povo brasileiro”.
A lanterna contendo a chama que alimenta a primeira Tocha Olímpica Rio 2016 foi conduzida pelo presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Carlos Arthur Nuzman, às 9h50, até o alto da rampa externa do Palácio do Planalto para acendimento da pira. Em seguida, a presidenta Dilma Rousseff acendeu a tocha olímpica e a entregou para a bicampeã olímpica e capitã da seleção brasileira de Vôlei Fabiana Claudino, que desceu a rampa com a tocha acesa e deu início ao revezamento.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”