Nawal El Moutawakel, presidente da comissão de coordenação do COI, disse estar satisfeita com a qualidade da água da Lagoa Rodrigo de Freitas.| Foto: Sergio Moraes/Reuters

A comissão de coordenação do COI (Comitê Olímpico Internacional) para os Jogos de 2016 afirmou nesta quarta-feira (12) estar satisfeita com a qualidade da água na baía de Guanabara e na lagoa Rodrigo de Freitas, áreas de competição da Olimpíada.

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A tentativa de demonstrar confiança foi tanta que a presidente da comissão, a marroquina Nawal El Moutawakel, prometeu mergulhar na baía junto com o diretor-executivo da comissão, o suíço Christophe Dubi.

“Vamos todos mergulhar lá junto com Gilbert Felli [ex-membro do COI e consultor do comitê organizador dos Jogos]”, disse Nawal.

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Dubi declarou que o COI não vai realizar testes de vírus nas águas da baía e da lagoa. Medição feita pela agência AP apontou níveis elevados de presença destes microorganismos, que não fazem parte do rol de análise recomendado pela OMS.

“A OMS [Organização Mundial de Saúde] disse que os testes bacterianos são os melhores para medir a qualidade da água. Recebemos a confirmação de que os testes estão corretos na forma com que são feitas. A água nos locais de competição estão dentro dos padrões”, afirmou o diretor executivo.

Não existe um parâmetro oficial de análise e de avaliação que determine qual o nível aceitável de presença de vírus. A legislação brasileira só prevê a medição bacteriana, o mesmo definido pela OMS.

Nawal também minimizou relatos de que atletas de remo norte-americanos passaram mal após disputa na lagoa Rodrigo de Freitas. “O técnico não entrou na água e também passou mal”, afirmou.

Dubi disse estar satisfeito com a evolução da despoluição da baía de Guanabara. O governo estadual reconheceu que não alcançará a meta de tratar 80% do esgoto lançado no local como prometido em 2009, quando o Rio foi escolhido como sede da Olimpíada. A taxa atual é de cerca de 50%.

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“Temos uma série de metas, e investimentos foram alocados. Graças aos Jogos a preocupação com a baía subiu a níveis que nunca chegaram. A qualidade da água vai melhorar até os Jogos e depois dos Jogos. Estamos felizes”, disse Dubi.

Nawal afirmou que com o avanço nas obras da maioria das arenas, a preocupação do COI se volta agora para a operação dos locais das competições.

A marroquina afirmou ter ficado satisfeita com os quatro eventos-testes realizados este ano. “Os brasileiros podem se orgulhar dos eventos que realizaram”, disse.