O domingo (10) brasileiro na Paralímpiada Rio-2016 foi marcado por um recorde e uma frustração na pista do Estádio Engenhão.
Petrúcio Ferreira dos Santos garantiu não só o ouro, mas também o recorde mundial nos 100m rasos da categoria T47 (portadores de deficiêcias nos braços). Já Alan Fonteles, que surpreendeu o mundo ao vencer Oscar Pistorius na decisão de Londres-2012, não conseguiu se classificar à final dos 200 m rasos da categoria T44 (amputados das duas pernas).
Petrúcio, de apenas 19 anos, conquistou o ouro e o recorde mundial com 10s57. O corredor já havia quebrado o recorde que durava 24 anos quando se classificou à final com o tempo de 10s67.
“Nesses últimos dois anos e meio, eu tenho dedicado todos os dias da minha vida ao atletismo. Estar na pista é a minha maior alegria”, declarou o atleta.
A prova teve ainda outro brasileiro no pódio. O alagoano Yohansson Nascimento, 28 anos, levou o bronze. Ele fez o mesmo tempo do polonês Michael Darus, 10s79. Mas o tronco do oponente cruzou antes a linha, o que tirou a prata do brasileiro.
Nesta segunda (12), Petrúcio e Yohansson querem dividir o pódio novamente no revezamento 4x100 metros.
Nos 200 m da classe T44, Fonteles, uma das maiores esperanças do Brasil e que já havia sido desclassificado nos 100 m, fez apenas o tempo 22s63 na prova em que é especialista, ficando na quinta colocação na segunda bateria. Em 2014, Fonteles tirou um ano sabático e só voltou a competir em 2015.
Natação
O nadador Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do país, aumentou a coleção com a prata nos 100 metros peito SB4.
Com o quarto pódio no Rio, Dias segue com chances de virar o maior medalhista dos Jogos Paralímpicos. A marca pertence ao nadador australiano Matthew Cowdrey, com 23 medalhas, que não veio à Rio-2016. O brasileiro tem 19 e vai competir em mais cinco provas.
Outras medalhas
Mais para o final do dia, no atletismo, Felipe Gomes faturou a prata nos 100m T11, enquanto Teresinha de Jesus levou o bronze nos 100m T47.