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Felipe França, amigo do astro brasileiro | GABRIEL BOUYS/AFP
Felipe França, amigo do astro brasileiro| Foto: GABRIEL BOUYS/AFP

César Cielo tem feito muita falta na piscina do Centro Aquático do Parque Olímpico da Barra, mas deve voltar com tudo após a Rio-2016, apostam os dois nadadores mais próximos do campeão olímpico e mundial.

Felipe França e Guilherme Guido, que na noite de domingo (7) caíram na final dos 100 m peito e na semifinal dos 100 m costas, respectivamente, dizem que a ausência de Cesão, como o campeão é chamado pelos amigos, é motivo de conversa todos os dias na equipe de natação nos Jogos.

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Poucas horas antes da final dos 100 m peito segunda-feira, França, 29 anos, recebeu pelo whatsapp uma mensagem de apoio de Cielo. Desde a disputa do Troféu Marial Lenk em abril, quando ficou atrás de Ítalo Manzine na briga pela vaga à Rio-2016, o recordista mundial dos 50 m se isolou. França é das poucas pessoas com quem o campeão ainda mantém contato constante – os dois costumam trocar mensagens pelo menos uma vez por semana.

“Eu tenho dez medalhas em Mundiais e todas estão guardadas na gaveta, porque desses dez Mundiais e das Olimpíadas que disputei o que eu realmente levo comigo é a amizade com o Cielo”, dimensiona França a relação que tem com o maior nome da natação brasileira, detentor do ouro em Pequim-2008, além de dois bronzes olímpicos e 11 medalhas em Mundiais.

Amigo de Cielo desde os 10 anos de idade, França afirma que no momento o campeão olímpico está focado na família. Há 11 meses, o nadador natural de Santa Barbara do Oeste, no interior paulista, se tornou pai. “Se eu tivesse tido um filho, também mudaria o foco [da vida]”, afirma França sobre a decisão de Cielo de sair dos holofotes por um momento.

Convidado pelo comitê organizador, o recordista preferiu não participar da cerimônia de abertura da Rio-2016. A única participação de Cielo na Olimpíada até agora é discreta: uma carta lida pelo técnico para os nadadores do Brasil os incentivando a buscar bons resultados na competição.

Entretanto, França faz um alerta aos adversáros. “Não cheguei a conversar se ele vai voltar a treinar ou não. Mas podem ter certeza: se ele voltar, vai ser sufoco para os caras. Em forma física e treinado, ninguém segura o Cielo”, reforça França, que vai tentar convencer o amigo a treinar com seu treinador, Sérgio Marques. “O Sérgio é um cara humilde e pode ajudar o Cielo”, considera.

Amigo de Cielo desde os 7 anos, Guido, hoje com 29, concorda com França que vai ser difícil pará-lo se ele retornar às piscinas. “O Cielo tem capacidade para voltar com tudo e ser campeão mundial fácil, fácil. Só depende dele”, reforça o nadador especialista no costas.

Mas agora, ressalta Guido, todos devem respeitar o momento do campeão olímpico. “A última vez que falei com ele foi logo depois do Maria Lenk, em que ele não se classificou para estar aqui. Mas eu tento manter a privacidade dele, para deixar a cabeça dele funcionar melhor”, afirma Guido.

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