Em carta aberta à Organização Mundial de Saúde (OMS), 150 cientistas de vários países defenderam nesta sexta-feira (27) que os Jogos Olímpicos sejam adiados ou transferidos para outro local devido aos casos de zika que atingem o Brasil, incluindo o Rio. No documento, os profissionais dizem estar preocupados com a possibilidade de os milhares de turistas esperados para o evento serem contaminados pelo vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, permitindo que a doença se alastre em outras partes do mundo. Segundo o texto, apesar dos esforços para tentar controlar a disseminação do vírus, a cidade registra um número elevado de casos.
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Os cientistas lembraram que o vírus está associado a nascimentos de bebês com microcefalia e também a complicações neurológicas, como a Síndrome de Guillain-Barré. Entre os profissionais que assinam o documento há estudiosos que atuam em Havard e Yale (EUA) e Oxford (Reino Unido)
Em fevereiro, a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, afirmou durante uma visita à Fiocruz, em Manguinhos, que o público não deveria se preocupar com os casos de zika, porque durante o mês de agosto, quando serão realizados os Jogos Olímpicos, a população de mosquitos é minima. Nesta sexta-feira, um porta voz do Centro de Controle de Doenças de Atlanta, referência mundial em epidemias, afirmou não haver motivo para preocupação.
À noite, o Ministério da Saúde rebateu a carta dos cientistas. Em nota, o órgão usa argumentos semelhantes aos apresentados pela OMS em fevereiro. Segundo a nota, em 2015, por exemplo, agosto foi o mês que registrou o menor número de casos de dengue no ano.
O Comitê Organizador da Olimpíada disse respeitar a posição dos cientistas, mas que segue as orientações da OMS, que não vê riscos. Segundo a entidade, todos os cuidados serão adotados para zelar pela saúde dos visitantes
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