Miriam Nagl é nascida em Curitiba, filha de alemães, e jogará no golfe. Representante brasileira no esporte.| Foto: Foto: Picasa

Cinco esportes, pressão (quase) zero. Assim será a participação de badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e rugby de sete na Rio-2016. Modalidades com pouca tradição no Brasil, mas que ganharam vagas nos Jogos do Rio, serão cobrados por uma “boa participação”.

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Para o rugby feminino e hóquei masculino – o hóquei feminino não conseguiu cumprir as metas mínimas para entrar como vaga de país-sede – a jornada começa neste sábado (6). As meninas entram em campo às 17h30, contra o Canadá, enquanto os homens encaram a Espanha, às 19h30.

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“Há um plano de desenvolvimento para todos esses esportes, mas é claro que não há como cobrar uma medalha. Queremos uma boa participação deles, o que vai ser importante para a experiência dos atletas. Vamos cobrar a melhor performance”, analisa a gerente de Planejamento Esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Adriana Behar.

Medalha de prata no vôlei de praia em Sydney-2000 e Atenas-2004 ao lado de Shelda, Behar lembra que alguns dos estreantes já conseguiriam classificação por mérito, sem precisar da vaga destinada ao país organizador dor Jogos.

Casos do golfe e do rugby, por exemplo, esportes que retornam ao programa olímpico após longa ausência. O golfe apareceu pela última vez em 1904, em St.Louis. O rugby retorna depois de 92 anos, mas em uma versão mais rápida do que o jogo tradicional, que conta com 15 jogadores.

“Nossa equipe feminina é mais competitiva do que a masculina. O objetivo principal é ficar na frente do Japão, o que colocaria o Brasil em uma vaga permanente no circuito internacional, o que é um passo estratégico para o desenvolvimento do esporte”, explica o CEO da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Agustin Danza.

“No masculino a intenção é que os jogadores ganhem experiência. Pensar em vitória é difícil. Seria importante pontuar em todos os jogos”, completa o dirigente.

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O esvaziamento do golfe da Rio-2016 – vários nomes de pontos desistiram de vir por causa do zika vírus – ajudou a curitibana Mirim Nagl, filha de alemães, a conseguir uma vaga direta para a competição. A golfista que vive na Alemanha, acredita que a participação de brasileiros será um incentivo para o desenvolvimento daqui para frente.

“O esporte vai ganhar muito por estar na Olimpíada. Pessoas que nunca viram golfe vão ter algum tipo de contato durante os Jogos. Será ótimo para nós”, diz a atleta de 35 anos, que começou a defender o Brasil em 2014.

No badminton, a meta da confederação é conquistar uma vitória olímpica. Já na ginástica de trampolim, que terá o goiano Rafael Andrade como único representante, já é um prêmio disputar os Jogos – ele só obteve a vaga porque a Olimpíada é no Brasil.