Os tenistas suíços Roger Federer e Martina Hingis tem apenas um ano de idade de diferença – 34 contra 35. Mas bem antes de Federer conquistar seu primeiro Grand Slam (Wimbledon-2003), Hingis já havia alcançado a final nos quatro principais torneios da modalidade e vencido três deles – além de Wimbledon, abertos da Austrália e Estados Unidos. Tudo isso em 1997, quando tinha apenas 16 anos.
Era ela o principal nome do esporte, considerada um fenômeno mundial em plena adolescência. Foram 209 semanas como número 1 do mundo e 14 títulos de Grand Slam – cinco em simples e nove em duplas. Dos 16 aos 20 anos, foi a atleta mais bem paga do mundo, segundo a revista Forbes.
Mas sucessivos problemas no tornozelo a obrigaram a se aposentar precocemente aos 22 anos. A parte mental também pesou. A jovem estava cansada da pressão a que sempre estava submetida. A suíça resolveu retornar ao circuito em 2006, mas no ano seguinte sofreu um golpe ainda mais pesado: doping por cocaína. Até hoje, ela alega inocência, mas foi suspensa por dois anos e, mais uma vez, optou por parar de jogar.
Já trintona, a ‘fome’ pelo tênis aos poucos foi voltando. Passou a trabalhar como treinadora e não aguentou. Voltou para as quadras – apenas nas disputas de duplas e duplas mistas. Logo sentiu de novo o gosto de levantar troféus. Desde 2015, colocou mais seis Grand Slams no currículo e lidera atualmente o ranking mundial entre as duplistas.
“Eu me sinto como uma juvenil de novo, mas estou numa posição diferente agora. Tudo não é tão estressante”, diz Martina que disputou apenas uma Olimpíada na carreira em Atlanta-1996.
Para os Jogos do Rio, a tenista teve dois grandes imprevistos. Federer, que seria seu companheiro nas duplas mistas, desistiu da competição por contusão, o que a obrigou a sair também da disputa. Sua companheira no feminino, Belinda Bencic, também se machucou e precisou ser substituída. Nada que desanime a suíça.
“Estou confortável para jogar. Vamos achar nosso jeito de se comunicar e resolver as situações”, ameniza.
A estreia ao lado de Timea Bacsinszjy, no último sábado (6), foi com vitória diante Samantha Stosur e Daria Gavrilova, da Austrália: 2 sets a 1. Nesta segunda (8), elas voltam a jogar. “A Olimpíada foi das prioridades que estabeleci nos últimos anos e quando entro em quadra não penso em perder”, afirma ela, confiante de que, agora veterana, pode brigar pelo ouro.
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