Hamadou Djibo Issaka, do Niger, virou sensação ontem na disputa do remo. Um novato na modalidade, ele se tornou aquele famoso herói improvável que surge de tempos em tempos: um atleta sem condições de vencer, mas que conquista a torcida na superação. Aos 35 anos, Issaka estreou em uma Olimpíada após apenas três meses de treinos. Um convite do Comitê Olímpico Internacional (COI) o garantiu nos Jogos, em uma política da entidade para dar vagas a todos os países. "Eu não tenho técnica. Só treino há três meses. Quando cheguei para a largada, fiquei feliz simplesmente por não deixar o barco virar", afirmou ele. "Não foi difícil chegar ao final, mas muitas pessoas me encorajaram e eu tive forças para acabar a prova". Durante o percurso, os espectadores se levantaram para acompanhar o esforço do remador, que foi inscrito em três provas. Até o narrador mandou forças pelo sistema de som, na esperança de que ele completasse o percurso de dois quilômetros com melhor tempo do que o anterior. Ainda assim, ele foi 28 segundos pior. Issaka disse que repetirá a experiência olímpica daqui a quatro anos, no Rio.
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