A tocha olímpica chega a Curitiba na próxima quinta-feira (14) sob forte esquema de segurança. Diante da visibilidade, o revezamento do símbolo da Rio-2016 se transformou em palco para protestos em diversas cidades brasileiras.
As principais manifestações são contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e a crise econômica no país. Já foram registrados também atos contra a própria realização da Olimpíada no Brasil.
O que passou a preocupar mais as autoridades, porém, são as tentativas de se apagar a chama olímpica. A ação se tornou frequente. No Paraná, duas pessoas foram presas por este motivo no último dia 29 de junho.
TOCHA EM CURITIBA: confira o trajeto e os bloqueios nas ruas da capital
O primeiro caso foi registrado em Maringá, onde uma professora de 49 anos jogou um cartaz do movimento “Fora Temer” na tocha. Já em Cascavel, um desempregado de 35 anos tentou atingir a chama com um extintor de incêndio. Na semana passada, em Porto Alegre, dois manifestantes com baldes jogaram água na direção no fogo olímpico. Ninguém teve sucesso, mas as tentativas deixam as autoridades paranaenses em alerta.
“Em razão dessas ocorrências, a segurança está mais atenta. Esperamos não ter nenhum trabalho dessa natureza. As manifestações podem ocorrer desde que sejam pacíficas e que não atrapalhem o bom andamento do revezamento”, afirma o major Adilson Luiz Correa dos Santos, integrante da Comissão Estadual de Segurança da Tocha Olímpica, criada no início do ano para tratar da operação da passagem da chama pelo estado.
A tendência é que a polícia tenha trabalho na capital. Basta uma rápida pesquisa para se encontrar quatro grupos diferentes no Facebook criados com a intenção de reunir interessados em apagar a tocha olímpica. No maior deles, 1,1 mil pessoas confirmam presença no revezamento.
“Vamos nos concentrar às 10h na Praça Rui Barbosa. Após duas tentativas no Interior do Paraná resta a nós essa missão. Vamos apagar a tocha custe o que custar!”, diz uma mensagem postada na página.
Foi criada ainda uma vaquinha online visando arrecadar dinheiro para o pagamento de uma eventual fiança de quem atingir a chama.
“Nossa inteligência está monitorando esses grupos nas redes sociais e repassando os pontos para as polícias Civil e Militar e Guarda Municipal”, garante o major Adilson.
Roteiro
Na primeira parte do revezamento pelo Paraná, entre os dias 28 de junho e 2 de julho, a chama dos Jogos passou por 15 municípios. A partir de quinta serão outras sete cidades. Além de Curitiba, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo, Ponta Grossa e Castro.
Na capital, serão 170 condutores. O trajeto terá 36 km com início às 11h no Museu Oscar Niemeyer e previsão de término às 18h na Pedreira Paulo Leminski.
“Estaremos com policiamento ostensivo em todo itinerário e trechos com batedores. Numa segunda malha, teremos mais policiais acompanhando também. A passagem da tocha olímpica não pode ser problema, mas uma celebração”, fala o coronel Péricles de Matos, comandante do policiamento de Curitiba.
Operação
A passagem da tocha olímpica por Curitiba vai envolver agentes da Força Nacional, além das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). O número total de pessoas envolvidas na operação de segurança não é informado pelas autoridades.
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