Olimpíada é um programa familiar. Não só para os torcedores nas arquibancadas, mas também para alguns atletas que estão brigando por medalhas. Na Rio-2016, são vários irmãos competindo juntos, casais, pais treinando filhos e até um inédito caso de mãe e filho na mesma modalidade.
No time do Brasil, os irmãos Hypólito, da ginástica, são os mais conhecidos e já tiveram dias intensos nos Jogos. Diego se emocionou e chorou após um ótimo desempenho no solo no sábado (6). Daniele viveu o outro lado da moeda: caiu sentada após sua apresentação no mesmo exercício no dia seguinte. O irmão já foi um dos primeiros a consolá-la publicamente.
“Parabéns guerreira. Você não tem que pedir desculpas, pois você se dedica diariamente há 27 anos consecutivos. Você me fez acreditar que a dedicação é uma vitória”, postou no Facebook.
“Eu sou fã número 1 dele. A gente conversa bastante aqui e se dá muito bem. Acima de tudo, somos muito amigos”, conta Daniele.
Inédito
Pais treinando filhos são comuns no esporte. No Rio temos como exemplo na equipe brasileira Bernardinho e Bruninho, no vôlei, além da jovem revelação Izabella Chiappini, treinada pelo pai Roberto no pólo aquático.
Mas os Jogos de 2016 registram um caso inédito. Mãe e filho competindo na mesma Olimpíada e na mesma modalidade. A experiente Nino Salukvadze, de 47 anos, terá o ‘herdeiro’ Tsotne, de 18, ao seu lado. Os dois são únicos representantes da Geórgia no tiro esportivo. Enquanto o filho é estreante, a mãe está em sua oitava Olimpíada, tendo no currículo três medalhas – um ouro e uma prata em Seul-1988 e um bronze em Pequim-2008.
Na equipe de rugby masculino do Brasil, mais dois pares de irmãos: Lucas Duque e o caçula Moisés Duque, além dos gêmeos Daniel e Felipe Sancery.
“Ele é o capitão da seleção, sempre me deu conselhos e me ajudou a tomar decisões na vida. No rugby, não é diferente. O Lucas será sempre o meu irmão mais velho”, diz o caçula Moisés, de 27 anos, sobre o irmão de 32.
Nas piscinas, ao falar de Bia já se lembra automaticamente da irmã Branca Feres. As belas gêmeas são a principal atração da equipe brasileira de nado sincronizado. No hipismo adestramento, domínio da família Almeida com os irmãos Luiz e Pedro. O outro irmão Manuel ainda está na reserva do time.
As delegações internacionais registram outros diversos casos como as das consagradas irmãs Williams do tênis. A Austrália, por exemplo, tem nove pares de irmãos em ação no Rio. Bronte e Cate Campbell, da natação, subiram juntas ao lugar mais alto do pódio no fim de semana. A dupla foi a mais rápida do time no revezamento 4x100m e fundamental para a vitória do país.
“Já é incrivelmente especial estarmos aqui na Olimpíada e a melhor prova para mim era o revezamento por nadar junto com minha irmã”, celebrou a mais velha Cate, de 24 anos.
No entanto, agora as duas viram adversárias nas provas dos 50 e 100m livre. “São outras seis nadadoras também na piscina. Então não vou competir particularmente contra a Cate”, ameniza Bronte, de 22.
E que tal trigêmeos? É o caso das estonianas Leila, Liina e Lily Luik que vão correr juntas a maratona.
Em casal
Os Jogos também são um lugar para casais. O atirador Felipe Wu garantiu a primeira medalha brasileira na Olimpíada no sábado. Agora ele vai para a arquibancada torcer pela namorada Rosane Budag que compete na quinta-feira (11) na prova da carabina três posições 50m.
O casal ‘mais completo do mundo’ é dos EUA. Ashton Eaton e Brianne Theisen-Eaton competem nas provas mais desgastantes do atletismo: decatlo e heptatlo. Eles se conheceram durante uma competição de juvenis em 2007 e casaram seis anos depois. Ashton é o atual campeão olímpico e bi mundial. Brianne é vice-campeã do mundo. Voltar para os Estados Unidos com dois ouros para decorar a casa é o sonho compartilhado pelos dois.
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