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Tata Martino renunciou ao cargo na seleção da Argentina por causa da desorganização da associação local. | Frederic J. Brown/AFP
Tata Martino renunciou ao cargo na seleção da Argentina por causa da desorganização da associação local.| Foto: Frederic J. Brown/AFP

O técnico da seleção argentina, Gerardo Martino, deixou nesta terça-feira (5) seu cargo devido à desorganização da Associação de Futebol Argentino (AFA) e por não contar com todos os jogadores faltando 30 dias para o início dos Jogos do Rio 2016.

Em comunicado publicado pela Associação do Futebol Argentino (AFA), Martino anunciou que “a comissão técnica da seleção decidiu apresentar sua renúncia”, nesta terça-feira, “Devido à indefinição na designação de novas autoridades da Associação do Futebol Argentino e dos graves inconvenientes para conseguir convocar o elenco que representará o país nos próximos Jogos Olímpicos”.

O pedido de demissão de ‘Tata’ Martino acontece nove dias depois do astro Lionel Messi renunciar defender a seleção, após a derrota da Argentina para o Chile na Copa América do Centenário.

Martino, 53 anos, assumiu como técnico da seleção argentina em 12 de agosto de 2014. Sob seu comando, a equipe perdeu as finais da Copa América 2015 e 2016, ambas para o Chile. Foram 29 jogos, com 19 vitórias, 7 empates e 3 derrotas.

O técnico assumiu a ‘alviceleste’ logo após a derrota na final da Copa do Mundo do Brasil-2014, quando a Argentina perdeu para a Alemanha por 1 a 0, no Maracanã.

Seleção olímpica

Pouco antes da notícia divulgada pela imprensa, mas ainda sem confirmação oficial, o presidente do Comitê Olímpico Argentino (COA), Gerardo Werthein, alertou que havia 50% de chances de que a Argentina não estaria na competição de futebol nos Jogos Olímpicos.

O problema central e a impossibilidade de formar a equipe pela negativa dos clubes de ceder seus jogadores. “A situação é complexa e há 50% de chances de que a seleção não vá ao Rio”, declarou o dirigente olímpica à Rádio Mitre. Martino tem dificuldades para completar a seleção Sub 23 que disputará os Jogos do Rio e havia adiado até segunda-feira que vem o encontro dos já convocados, o que preocupa a direção olímpica argentina.

Vários clubes se recusaram em ceder jogadores para os Jogos Olímpicos, uma competição que não faz parte do calendário da Fifa, entre eles as jovens estrelas argentinas do futebol italiano, Paulo Dybala (Juventus) e Mauro Icardi (Inter de Milão).

A AFA se encontra em situação de acefalia desde a renúncia de Luis Segura como presidente, em meio à forte pressão dos clubes mais poderosos do futebol argentino para a organização de uma Superliga que permitiria aumentar a arrecadação com a venda de direitos de televisão.

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