O vigésimo e penúltimo dia da Rio-2016 também é o mais generoso. Neste sábado (20), há 30 medalhas de ouro em disputa. O Brasil, contudo, tem chances reais de buscar outras duas medalhas douradas – somente 6,6% do total distribuído no chamado Gold Day.
Pela manhã, às 9h22, Isaquias Queiroz e Erlon de Souza disputam a final da categoria C-2 1.000 m da canoagem. Campeã mundial nessa distância no ano passado em Milão, na Itália, a dupla tem como principais concorrentes os barcos da Alemanha e de Cuba.
Qualquer medalha brasileira, no entanto, já transformará Isaquias no maior atleta olímpico do país em uma única edição. Com prata no C-1 1.000 m e bronze no C-1 200 m no Rio, o baiano de 22 anos pode deixar para trás os nadadores Gustavo Borges e Cesar Cielo e os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio Costa – que competiram na Olimpíada de 1920, em Antuérpia – que têm duas medalhas cada.
Marca histórica também é o objetivo da seleção brasileira de futebol. Em 12 participações nos Jogos, a equipe nunca conquistou o ouro, único título que o país não tem. Ao todo, o Brasil já perdeu cinco finais, além de ter outras duas medalhas de bronze.
O time do técnico Rogério Micale, que tem Neymar como líder técnico e capitão, superou um início tortuoso de competição para alcançar a decisão. Empates sem gols com África do Sul e Iraque colocaram em risco até a classificação para as quartas de final. Foi preciso derrotar a Dinamarca para seguir adiante. Na sequência, a seleção bateu a Colômbia e goleou Honduras para ter a chance de lutar pelo lugar mais alto do pódio.
Caso conquiste pelo menos uma das medalhas de ouro, o dia será histórico. Por enquanto, o desempenho do Time Brasil na Rio-2016 está empatado com Atenas-2004 no quesito medalhas de ouro, com cinco.
Variedade e choro
Ao todo, o Gold Day terá medalhas em 17 esportes. Golfe, canoagem, badminton, triatlo, ciclismo mountain bike ,boxe, basquete, handebol, saltos ornamentais, ginástica rítmica, futebol, luta olímpica, polo aquático, pentatlo moderno, taekwondo e atletismo.
A última disputa do dia, a do vôlei feminino, porém, deixa um sentimento ruim para os brasileiros. Com o melhor retrospecto na primeira fase, a seleção brasileira chegou invicta à partida contra a China, nas quartas de final. Venceu o primeiro set, sofreu a virada, mas levou ao tie break. Apesar do apoio da torcida no Maracanãzinho, as comandadas de Zé Roberto Guimarães sofreram uma traumática eliminação precoce. A final será entre China e Sérvia.