A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) , órgão do governo federal, confirmou uma ameaça ao Brasil publicada em novembro em conta no Twitter vinculada a um membro do Estado Islâmico (EI) e intensificou o monitoramento de indivíduos que teriam jurado lealdade ao grupo extremista e poderiam agir dentro do País durante os Jogos Olímpicos do Rio, em agosto.
“Brasil, vocês são nosso próximo alvo. Podemos atacar esse país de merda”, diz o tuíte enviado para o microblog dias depois dos ataques terroristas em Paris - nos quais 130 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas - através da conta utilizada por Maxime Hauchard, um francês que foi para a Síria em 2013 e juntou-se às fileiras do EI. A conta de Maxime foi suspensa pelo Twitter.
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“A probabilidade de o País ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses, devido aos recentes eventos terroristas ocorridos em outros países e ao aumento do número de adesões de nacionais brasileiros à ideologia do Estado Islâmico”, disse a Abin em nota enviada à reportagem.
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Na última quarta-feira, o diretor de Contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, participou no Rio da Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa (LAAD Security). Em sua apresentação sobre ameaças terroristas aos Jogos Olímpicos Rio-2016, ele descreveu Hauchard como “espécie de garoto-propaganda do Estado Islâmico”.
Sallaberry também listou ações executadas pela agência para evitar possíveis ataques no País, “como intercâmbio de informações com serviços estrangeiros, capacitação de profissionais de setores estratégicos e trabalhos com órgãos integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência”.
Em novembro, Sallaberry havia alertado que as autoridades brasileiras consideram os chamados lobos solitários - que agem inspirados ou sob direção de algum grupo radical, mas sem a necessidade de uma célula terrorista ou outra organização formal - “a principal ameaça aos Jogos Olímpicos” que serão realizados no Rio em agosto.
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