Manter funcionando as instalações do Parque Olímpico da Barra e do Parque de Deodoro usadas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio custará R$ 59 milhões por ano aos cofres públicos. Essa é a previsão calculada pela prefeitura do Rio de Janeiro e pelos ministérios do Esporte e da Defesa, responsáveis pela administração dos locais.
A maior parte desses gastos -- R$ 46 milhões por ano -- será bancada pelo Ministério do Esporte e pelas Forças Armadas, que cuidarão da manutenção dos equipamentos esportivos de Deodoro. Já a prefeitura do Rio terá de arcar com R$ 13 milhões por ano para fazer a gestão e operação do Parque Olímpico da Barra em parceria com a iniciativa privada.
Para construir os equipamentos usados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o Governo Federal e a Prefeitura gastaram juntos R$ 2,8 bilhões. A União bancou R$ 2,09 bilhões e a prefeitura, R$ 732 milhões. A iniciativa privada gastou R$ 4,2 bilhões para levantar as Arenas Carioca 1, 2 e 3, o Centro de Imprensa, o hotel de mídia, a Vila Olímpica e o campo de golfe.
A partir de 2017, em Deodoro, os estádios de hóquei sobre grama, tiro esportivo, rúgbi, pentatlo moderno e hipismo e a Arena da Juventude serão usados em conjunto com as confederações para o esporte de alto rendimento e treinamento de equipes do Exército. O projeto de legado também prevê como uso secundário desses espaços o aluguel para entidades esportivas.
As instalações serão integradas através da Rede Nacional de Treinamento, criada pelo Ministério do Esporte.
Já o Parque Olímpico da Barra possui uma “arquitetura nômade”, que permite adaptações às estruturas do local. A Arena Carioca 1, palco dos jogos de basquete na Olimpíada, por exemplo, será transformada em um centro de treinamento de boxe e tae kwon do e também sofrerá mudanças para poder receber shows e eventos. A ideia é transformar o local em uma arena multifuncional.
Já a Arena Carioca 2 será exclusiva para treinamento. Dez modalidades devem usar o local a partir do ano que vem. A Arena Carioca 3 passará a ser uma escola com capacidade para até mil alunos. A meta do prefeito Eduardo Paes é terminar as obras de adaptação ainda este para fazer a inauguração antes do fim do seu mandato.
A Arena do Futuro, onde foram disputadas as partidas de handebol nos Jogos Olímpicos, será desmontada. O material da arena será utilizado para construir quatro escolas municipais: três na região da Barra e Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e uma em São Cristóvão, na zona norte. Cada escola terá capacidade para até 500 alunos.
Multiuso
Como suas piscinas são desmontáveis, o estádio Aquático Olímpico também será desfeito para a construção de dois centros de treinamento. A princípio, esses novos espaços ficariam no Parque Madureira, na zona norte, e em Campo Grande, na zona oeste. Mas outras cidades demonstraram interesse em contar com as piscinas e, como a obra foi bancada pelo Governo Federal, o Rio pode ficar com apenas uma delas. Palmas, capital do Tocantins, poderá receber um dos equipamentos.
O Velódromo e o Centro de Tênis se tornarão centros de treinamento para atletas. Para o velódromo, onde foram quebrados 26 recordes mundiais e olímpicos durante os Jogos, os dirigentes buscam montar um plano para manter o local ativo, com eventos internacionais e base de treinamento de ciclistas da América do Sul, que não precisariam mais viajar até a Europa, onde hoje estão as melhores pistas do mundo.
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