O canoísta Isaquias Queiroz entra nesta terça-feira (16) na raia da Lagoa Rodrigo de Freitas, às 9h08, com chance de iniciar uma jornada jamais alcançada por outro atleta brasileiro em uma Olimpíada.
Com a classificação segunda-feira (15) à final da prova C1-1.000m na Rio-2016, o baiano de 22 anos pode ser o primeiro atleta do país a conquistar três medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos. Queiroz também compete com chances no C1-200m e C2-1.000m - a última, na companhia do paulista Erlon Silva.
Até hoje, apenas dois atletas do Brasil conseguiram chegar duas vezes ao pódio na mesma edição dos Jogos. Em Atlanta-1996, o nadador Gustavo Borges foi prata nos 200m livre e bronze nos 100m livre. O também nadador César Cielo, que não se classificou à Rio-2016, foi ouro nos 50m livre e bronze nos 100m livre em Pequim-20018.
Queiroz, que soma três ouros em Campeonatos Mundiais - nenhum em prova com distância olímpica -, afirma que competir a primeira Olimpíada em casa com pressão por resultado não o assusta. “Não é um bicho de sete cabeças a Olimpíada, até porque os atletas que estão aqui também disputam o Mundial. Estou acostumado com isso, é prova de alto nível”, compara o canoísta, que treinou dois anos no Rio.
Queiroz se classificou à decisão com o primeiro lugar na sua bateria, com 3min59s61. O melhor tempo do dia foi do alemão Sebastian Brendel, atual campeão olímpico da prova, que venceu sua bateria com o tempo de 3min58s83, e é um exemplo para o próprio baiano.
“Ganhar ouro significaria muito para mim, até pela dificuldade de me manter no meio dos gigantes. O Brendel é o homem a ser batido, e me inspiro muito nele”, afirma.
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