Isaquias errou a técnica da remada no início da prova, mas se recuperou| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Isaquias Queiroz vivenciou alguns instantes de agonia logo após a chegada da prova C-1 200 m nesta quinta-feira (18), na Lagoa Rodrigo de Freitas. O canoísta baiano errou a técnica da remada logo após a largada e terminou a disputa sem saber se conquistaria sua segunda medalha na Rio-2016.

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“Sai bem, não perdi muito tempo na saída, mas acabei dando remada em falso logo depois. Patinou e vi os caras colocarem meio barco na frente, quase um barco”, contou o atleta, que aos 22 aos é considerado um fenômeno da canoagem. Na terça (16), ele já havia alcançado a medalha de prata no C-1 1.000.

Nos 50 metros finais, o brasileiro conseguiu se recuperar. De sexto, saltou para a terceira colocação, conquistando o bronze. A diferença para o espanhol Alfonso Benavides Lopez, quarto colocado, no entanto, foi de apenas 21 décimos. Campeão olímpico em Londres-2012, o ucraniano Iurii Cheban (39s279) faturou o ouro, seguido por Valentin Demyanenko, do Azerbaijão (39s493).

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“Quando cheguei [na linha final] joguei o barco e fiquei sem saber. Fiquei [pensando] ‘nossa perdi a medalha’”, afirmou Queiroz, que confessou que o soco na água foi de raiva, lamentando estar fora do pódio.

A confirmação do resultado demorou cerca de um minuto para aparecer no telão. O público, que lotou as arquibancadas da lagoa, vibrou muito ao ver o nome do brasileiro na terceira posição após o suspense.

“Demorou ainda pra sair [o resultado] no telão. Fiquei [pensado] ‘sai logo porque tô nervoso aqui’”, contou o baiano, que volta aos treinos ainda nesta quinta.

Na sexta (19), ele e o paulista Erlon de Souza disputam as eliminatórias do C-2 1.000, prova em que o Brasil também é candidato ao ouro. A final será no sábado (20), às 9h22.

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Em caso de novo pódio, Isaquias será o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas na mesma edição dos Jogos, superando os nadadores Gustavo Borges e Cesar Cielo e os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio da Costa, a quem acabou de igualar.

“É um feito histórico, uma satisfação muito grande estar entrando nesse álbum dos melhores atletas do Brasil em Jogos Olímpicos. Estar junto com o Cesar Cielo, esses caras assim. Estou muito feliz com esse resultado, mas espero fazer mais ainda e chegar onde nenhum brasileiro chegou, que é conquistar três medalhas em uma só edição”.