Yelena Isinbayeva está, finalmente, qualificada para os Jogos Olímpicos do Rio, encerrando um jejum de quase três anos sem competir. Mas a saltadora já definiu: só vai participar da Olimpíada, em agosto, se puder defender a bandeira da Rússia. Ela não aceita competir como equipe independente do Comitê Olímpico Internacional (COI).
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Leia a matéria completa“Yelena Isinbayeva não vai estar nos Jogos Olímpicos por outra bandeira que não seja a bandeira nacional da Rússia”, disse Dmitry Shlyakhtin, presidente da Federação Russa de Atletismo (ARAF, na sigla em inglês), em declaração reproduzida pela agência de notícias estatal TASS.
A saltadora confirmou a informação, expressando que não irá competir pela bandeira do COI. Ela lembrou que o próprio presidente do COI, Thomas Bach, havia inicialmente descartado que russos participassem como atletas independentes, uma vez que a Rússia não está em guerra ou tenha boicotado a Rio-2016.
Isinbayeva é o principal nome do atletismo da Rússia, campeã olímpica do salto com vara em 2004 e 2008 e bronze nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ela não competia desde agosto de 2013, quando ganhou o Mundial disputado em Moscou. Depois, afastou-se para ser mãe.
Nesta segunda-feira, ela enfim voltou a competir participando de uma competição nacional. Saltou 4,50m, exatamente o mínimo necessário para se qualificar para o Rio-2016. Pelo menos outras três russas, entretanto, têm marca melhor do que a dela dentro do período de qualificação.
Na semana passada, Isinbayeva disse que entrará com um pedido na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para poder disputar os Jogos Olímpicos do Rio, apesar da suspensão imposta à ARAF.
“Isso é uma violação dos direitos humanos. Não ficarei em silêncio. Vou recorrer a um tribunal de direitos humanos. Vou provar para Iaaf e Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) que eles tomaram a decisão errada. Farei isso para que seja entendido que a Rússia não ficará em silêncio”, afirmou.
Suspensos desde novembro, os russos seguem fora de competições internacionais e não poderão competir nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. A Iaaf decidiu na última sexta-feira que o país não deu provas suficientes do trabalho de combate ao uso de substâncias proibidas após escândalo de doping sistemático.
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