O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio-2016 vai gastar R$ 2,8 bilhões a mais que o previsto para realizar a Olimpíada no país. A entidade divulgou na tarde desta quinta-feira (23) o orçamento para a organização do megaevento esportivo: R$ 7 bilhões. Em 2008, quando elaborou o dossiê de candidatura para sediar a Olimpíada, o custo estimado era de R$ 4,2 bilhões.
O aumento do valor, explica o Comitê, foi atualizado com base no IPCA, uma variação de 31,89%, e representa R$ 5,5 bilhões. Foram incluídas também despesas com a entrada de quatro esportes no programa dos Jogos (rúgbi, golfe, paracanoagem e paratriatlo) e de novas tecnologias esportivas.
Este custo é referente apenas à operação do Comitê Organizador para gerenciar os eventos esportivos. Para conhecer o custo total do evento em 2016, no entanto, será preciso esperar a divulgação dos investimentos dos três níveis de governo (municipal, estadual e federal), principalmente em infraestrutura. Isso deve ocorrer na próxima terça-feira (28), quando será apresentada a Matriz de Responsabilidades da Olimpíada do Rio, documento que deveria ter sido publicado em novembro de 2011.
Os investimentos para cobrir o orçamento, explica o Comitê, virão na forma de patrocínios, venda de ingressos, licenciamento e repasse de verbas do Comitê Olímpico Internacional (COI).
"Trabalhamos com um orçamento 30% menor do que Londres/2012. A nossa obrigação com o Rio de Janeiro, com o Brasil e com a comunidade esportiva é realizar Jogos memoráveis, pois estamos falando da maior celebração do esporte mundial.", afirmou o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.
"Os bons resultados alcançados com patrocínios e licenciamento nos permitem prever uma receita privada capaz de cobrir as despesas apresentadas no orçamento", completou o diretor-geral do órgão Sidney Levy.
Na primeira versão do orçamento, apresentado em 2008, havia uma parcela de R$ 1,4 bilhão em recursos públicos. No documento apresentado esta tarde, somente investimentos da esfera particular estão previstos. Na conta do Comitê, 51% do valor será bancado por patrocinadores locais (destes, R$ 1,8 bilhão está negociado), 21% por contribuições do COI, 13% em ingressos, 9% em patrocínios internacionais e 6 % em licenciamentos de produtos.
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