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Mayra: expectativa de ouro nessa quinta-feira na Olimpíada do Rio de Janeiro. | Saulo Cruz/Exemplus/COB
Mayra: expectativa de ouro nessa quinta-feira na Olimpíada do Rio de Janeiro.| Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB

A gaúcha Mayra Aguiar estreia no tatame da Rio-2016, nesta quinta-feira (11), na Arena Carioca 2, com responsabilidade tripla.

A judoca de 24 anos, que carrega a maior expectativa de medalha da delegação por seus ótimos resultados no ciclo olímpico, pode apagar o início ruim da modalidade nos Jogos, amenizado pelo ouro de Rafaela Silva, na última segunda-feira (8).

Caso ela chegue à final da categoria até 78 kg, o país já superaria o resultado de Londres-2012 (um ouro e três bronzes). O segundo lugar, no mínimo, vale mais no critério de desempate do que qualquer número de terceiras colocações.

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Em uma eventual decisão, Mayra provavelmente terá como adversária a atual campeã olímpica Kayla Harisson, 26 anos. Quatro anos atrás, na capital inglesa, a americana derrotou a brasileira, que ficou com o bronze, na semifinal. Desde então, as rivais já se enfrentaram 17 vezes. A contagem do acirrado duelo está 9 a 8 para a visitante.

“Sei que a Mayra e eu estamos em lados opostos da chave. Desejo sorte a ela e a todas as competidoras. Espero vê-la na final”, afirma a cordial americana, que considera seriamente seguir os passos de Ronda Rousey e migrar para o MMA após a Olimpíada. Ex-campeã do UFC, Ronda foi medalhista de bronze em Pequim-2008.

“Acabo seguindo os passos dela. Tudo que ela faz acontece depois comigo, mas faço melhor”, costuma dizer Kayla, em tom de brincadeira. As lutadoras costumavam dividir quarto na época em que competiam juntas.

Lutar no octógono, por outro lado, não está nos planos de Mayra. A gaúcha vive grande fase na carreira, foi campeã mundial em 2014, na Rússia, e obteve resultados lineares até a chegar na Rio-2016. Em fevereiro, no Grand Slam de Paris, aplicou um ippon na maior rival para ficar com o título e igualar a série entre elas.

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A americana devolveu a derrota três meses depois, em Guadalajara, no México, quando imobilizou a brasileira e faturou o World Masters. No Rio de Janeiro, a diferença entre uma medalha dourada ou prateada estará nos detalhes.

“Quem estiver com a cabeça melhor, tanto dentro do tatame, quanto fora, vai sair campeão”, acredita Mayra. “É um momento único que vamos ter, competir em uma Olimpíada em casa, então vou dar o melhor de mim ali dentro”, reforça.

“Eu vou encontrar meu caminho até a final. Em Londres lutei contra uma inglesa. Então acho que meu destino é enfrentar uma garota brasileira no Rio”, sugere Kayla.

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