Para Raul Jungmann, grupo preso é amador.| Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou de amador o grupo terrorista preso nesta quinta-feira. Segundo ele, o grupo passou de uma possibilidade (de ameaça) para uma probabilidade ao começar a preparar um ato terrorista. O ministro afirmou que os serviços de segurança já vinham monitorando os suspeitos há algum tempo.

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”Vocês chegaram a ver o vídeo que eles divulgaram? É de um amadorismo... E me permitam o linguajar um tanto vulgar: uma ‘porralouquice’. De fato, é um grupo que não tem nenhuma tradição, preparativos históricos, nada. São jovens e nós sabíamos quantos eram, quem eram e não podíamos postergar”, afirmou.

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O ministro disse que o grupo já vinha sendo monitorado há algum tempo. E que seus membros se comunicavam entre si e com membros do Estado Islâmico através da internet, pelo canal Telegram.

“O grupo passou aquela linha que nós não admitimos que passe. Ou seja, começaram a fazer preparativos para um ato terrorista. Eu fui o redator da lei que tipifica o ato de terrorismo. E o preparativo é crime, e a legislação é muito dura. Quando eles transpuseram o limite entre uma conversação com o Estado Islâmico e começaram a tomar algumas medidas de preparação, a partir desse instante, nós buscamos uma ordem judicial, e todos eles foram detidos. E devem assim permanecer. O juiz da vara cobrou sigilo para todas essas questões. Mas tive informações de que a mulher de um deles teria colocado a questão no Facebook”, contou.

Jungmann também ressaltou a preocupação que todo mundo viver hoje em razão dos atentados do Estado Islâmico.

“Preocupação hoje no mundo, indistintamente, todos têm. Está provado e comprovado pelos últimos acontecimentos em Nice. O que aconteceu em Orlando, na Bélgica, em Istambul. Em todo lugar, evidentemente temos que ter essa preocupação. Seria ilegítimo alguém dizer que não tem”.

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As declarações foram feitas nesta quinta-feira durante visita à estrutura de comunicação do Comando de Defesa Setorial (CDS) Deodoro, composta por dois módulos, um móvel e um fixo: o Centro de Coordenação de Operações Terrestres Interagências (CCOTI), que integra o Projeto Estratégico do Exército (PEE) Proteger e o Centro de Operações do CDS local.

Os oito Jeeps e cinco caminhões vindos de quatro estados além do Rio possuem câmeras que podem dar suporte ao controle fixo em casos extremos como combate ao terrorismo, situações de calamidade pública e apoio a grandes eventos. A conexão é via satélite. O aparato custou R$ 25 milhões.

O Centro de Operações do CDS Deodoro monitora imagens de 125 câmeras, entre elas as de CCOTI e do Centro de Operações (COR) da prefeitura. O custo foi estimado em R$ 10 milhões, de acordo com o coronel Carlos Mario, gerente de projeto do centro de operações.