Tanto quanto pela medalha de ouro, a seleção masculina de vôlei vai jogar a decisão da Rio-2016 domingo (21), às 13h15, por Serginho, que se despede da seleção. O líbero de 40 anos chega à quarta decisão olímpica seguida – é o único remanescente da equipe campeã em Atenas-2004 e o maior medalhista de esportes coletivos do Brasil.
“São todos por ele e ele por todos na final”, resume o oposto Wallace, que em Londres-2012 foi derrotado junto com Serginho na decisão com a Rússia, adversário que foi ultrapassado por 3 sets a 0 na semifinal desta sexta-feira (19). “Eu estou jogando tudo por ele. Ainda mais pelo que passamos juntos em 2012. Eu não quero ver ele passar por aquilo de volta”, resume o jogador do Cruzeiro.
Companheiro de quarto de Escadinha, como é conhecido o líbero, Wallace afirma que o colega é um exemplo para toda a equipe. Mas principalmente para ele. “A vivência minha e dele é muito parecida. Ele é de origem humilde, eu também. Nunca tive mil maravilhas de ganhar um monte de coisa, assim como o Escadinha”, compara.
Maior campeão
Maior medalhista olímpico de esportes coletivos do Brasil (ouro em 2004, prata em 2008 e 2012 e, no mínimo, prata no Rio), Serginho afirma que só tem um plano depois da final de domingo: ir para casa descansar.
“Vai ser a melhor coisa da minha vida acordar segunda-feira e estar livre da seleção”, brinca o líbero. “Quero que chegue logo domingo para jogar, acabar e ir para minha casa. Segunda-feira quero estar em casa tomando uma tubaína. Aí já era”, espera Serginho.
Antes, ele afirma que jogará a decisão como se fosse a primeira. “A única diferença é que estou um pouquinho mais velho, com 40 anos”, afirma o jogador, que venceu justamente a Itália, primeira decisão olímpica que jogou, aos 28 anos.