Antes mesmo de conquistar o terceiro bronze do Brasil – os anteriores foram com Mayra Aguiar e Rafael Silva no judô -, o ginasta Arthur Nory, 22 anos, já era um dos destaques da delegação brasileira na Rio-2016. Ativo nas mídias sociais, ele é desde 2014 o xodó da ginasta americana Simone Biles, nova sensação internacional da modalidade com três ouros no Rio de Janeiro.
Nory e Biles costumam postar mensagens nas mídias sociais dizendo-se um namorado do outro . “Brazilian boyfriend” (namorado brasileiro, em português) foi a última postagem de Biles junto com Nory no Instagram na Vila Olímpica. Os dois negam ter um relacionamento e dizem que tudo não passa de uma brincadeira.
Bronze na Rio-2016, Nory já foi suspenso na ginástica por piadas racistas
Leia a matéria completaO ginasta é uma espécie de “muso” do time do Brasil. Seu sobrenome é um dos termos mais citados no Twitter, onde ele tem quase 62 mil seguidores – Diego Hypolito tem 28 mil, apenas como comparação.
Nory, aliás, subiu ao pódio ao lado do ídolo na prova em que não era seu principal objetivo. Bronze no solo ao lado de Diego Hypolito, Nory sonhava mesmo era com a medalha na barra fixa, prova em que não se classificou à final. O ouro do solo foi para o britânico Max Whitlock,
No encontro no pódio do mais novo e o mais antigo ídolo da ginástica artística masculina do Brasil, Nory não escondeu o orgulho de estar junto com o amigo Hypolito.
“O Diego é um dos meus ídolos, o cara que eu sempre via na TV”, festeja Nory, que além de dividir o tablado com Hypolito na final, também está no mesmo quarto que ele na Vila Olímpica. “Foi muito emocionante compartilhar o pódio com o Diego. Ele vem tentando isso há muito tempo, é a terceira Olimpíada dele buscando o pódio e ele passa muito isso para a gente”, elogia Nory o companheiro de seleção.
Mesmo muito contente com a conquista, Nory não esconde que a prova de solo não era a principal que disputaria na Rio-2016. O objetivo mesmo era subir no pódio na barra fixa, em que conquistou o ouro na etapa da Croácia da Copa do Mundo em 2015. “Depois que acabou o primeiro dia do classificatório, eu estava feliz com a classificação à final no solo, mas eu queria muito estar na final da Barra. Eu treinei muito para ser finalista olímpico da barra e veio o solo”, comenta o medalhista de bronze.
Nory afirma que só se conscientizou de que tinha chances de fazer uma boa execução no solo quando logo depois de se classificar à final foi conferir todos os resultados que obteve em ambas as provas desde o primeiro Mundial que disputou, em 2013. “Só aí que caiu a ficha, porque eu ficava por só dois décimos fora da final [da barra] mas o solo sempre era meu melhor aparelho. Depois disso aceitei e falei ‘então vamos para a final para disputar a medalha’”, aponta Nory.
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