• Carregando...
 | /
| Foto: /

A tocha dos Jogos Olímpicos Rio-2016 chega nesta terça-feira (28) ao Paraná. A primeira cidade do estado a participar do revezamento será Londrina. Ao todo, o revezamento passa por 22 municípios paranaenses, chegando a Curitiba em 14 de julho.

Desde que desembarcou no Brasil, o principal símbolo olímpico esteve envolvido em uma série de confusões. Veja os 13 incidentes que marcaram a passagem da tocha até a chegada ao Paraná.

Acidente no acendimento (21/04)

Fernando Frazão/Agência Brasil

Sem a presença da presidente Dilma Rousseff, pressionada pelo processo de impeachment, o acendimento da tocha olímpica foi ofuscada pelo golpe mais duro à imagem da Rio-216 até o momento. No mesmo dia do evento na Grécia, 21 de abril, parte da Ciclovia Tim Maia, considerado um dos maiores legados urbanísticos dos Jogos e inaugurada um mês antes, desabou atingida por uma onda do mar, matando duas pessoas. O acidente forçou o retorno imediato do prefeito Eduardo Paes, único representante de governo do Brasil que participaria da cerimônia.

Um dos últimos atos de Dilma (03/05)

LULA MARQUES/Agência PT

A chegada da tocha olímpica ao Brasil foi um dos últimos atos de Dilma Rousseff à frente da presidência. Nove dias depois de o fogo olímpico chegar da Grécia, Dilma foi afastada do comando do país por impeachment. Na cerimônia em Brasília, Dilma cometeu uma gafe em seu discurso, ao afirmar que o Brasil era o primeiro país da América Latina a sediar os Jogos Olímpicos. Na verdade, o país é o primeiro da América do Sul a receber a competição, já que em 1968 o México realizou de fato a primeira Olimpíada latino-americana.

Protestos políticos

Antonio Cruz/Agência Brasil

Logo que chegou ao Brasil, a tocha foi alvo de protestos políticos. No dia em que o símbolo olímpico desembarcou em Brasília (foto) , 3 de maio, um grupo de manifestantes protestava contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os manifestantes ergueram cartazes com a frase “Não ao golpe” escrito em inglês, espanhol, alemão, árabe e russo para chamar a atenção da imprensa internacional.

No último sábado (25), o revezamento foi novamente alvo de manifestações políticas. No início do percurso em Campo Grande (MS), os manifestantes protestaram contra Dilma e o ex-presidente Lula, com bonecos do Pixuleco. Na sequência, o alvo da manifestação foi o atual presidente Michel Temer. Ao passar pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, o revezamento foi hostilizado com cartazes e gritos de “Fora Temer”.

Queda do cadeirante (07/05)

A participação do jogador de basquete para cadeirantes João Paulo Nascimento no revezamento da tocha em Anápolis (GO) causou polêmica. O atleta paralímpico caiu e acabou se apoiando em uma das pernas para evitar uma queda maior e para voltar à cadeira de rodas. O vídeo viralizou nas mídias sociais, questionando o fato de um cadeirante conseguir se apoiar nas próprias pernas. Nascimento se explicou, afirmando que não é paraplégico. Ele tem os joelhos no formato de X, o que impede que as pernas fiquem alinhadas e dificulta o caminhar.

Venda da tocha (27/05)

Alguns condutores aproveitaram para tentar ganhar um bom dinheiro em cima da tocha olímpica. Vencedor de um concurso da Nissan, patrocinadora da Rio-2016, Gabriel Júnior Carmo da Cunha, que conduziu a tocha na cidade mineira de Varjão de Minas, anunciou o objeto em um site de vendas por R$ 120 mil – 60% acima do valor de cerca de R$ 2 mil pelo qual o objeto é vendido aos condutores. No caso de Cunha, ele ganhou a tocha da Nissan. Há anúncios de venda da tocha também por R$ 28 mil. Tantos os patrocinadores quanto o próprio Comitê Rio-2016 afirmam que a venda não é ilegal.

Homenagem a Luiz Gonzaga (30/05)

A passagem da tocha olímpica por Caruaru (PE) foi marcada pela homenagem a Luiz Gonzaga, cantor pernambucano que difundiu pelo Brasil ritmos nordestinos como baião, xote e xaxado. Francisco Cantarelli, comandante da Força Nacional – uma das principais corporações responsáveis pela segurança na Rio-2016 -, teve reforço da tropa ao conduzir a tocha olímpica. Juntos, o comandante e os soldados cantaram a música “A Vida de Viajante” durante o trajeto e o vídeo viralizou. Toda vez que o condutor da tocha é um representante da Força Nacional, a música é cantada no percurso.

Tombo (31/05)

O técnico João Reinaldo Costa Lima Neto, o Nikita, que trabalhou com Joanna Maranhão, uma das principais apostas da natação brasileira na Olimpíada Rio-2016, levou um tombo enquanto carregava a tocha olímpica em Recife (PE). Ex-nadador – participou dos Jogos Olímpicos do México-1968 – Nascimento deu de cara no chão quando tropeçou em um buraco, mas mesmo caindo não largou a tocha. Além do vexame, nada de grave aconteceu com o treinador: só arranhões no joelho e cotovelo.

Estupro MC Biel (06/06)

Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Na véspera de sua participação no revezamento, MC Biel foi desconvidado a participar do evento. O motivo foi a acusação de uma jornalista de que o cantor a assediou sexualmente em uma entrevista. “Te levaria para um hotel e te estupraria rapidinho”, diz Biel no áudio entregue à polícia. Em nota oficial, o Comitê Rio-2016 disse que o revezamento tem de passar “uma mensagem de paz e não quer aliar o evento ou os conceitos de olimpismo a esse acontecimento”. Depois de cinco dias, o MC se desculpou, dizendo que tudo não passou de um mal-entendido.

BBB (07/06)

A escolha da ex-BBB Ana Paulo Renault para conduzir a tocha olímpica causou revolta nas mídias sociais. Com a hashtag #AnaPaulanoTourdaTocha, o assunto chegou a ser um dos mais comentados no Twitter. Durante sua participação no Big Brother Brasil desse ano, a jornalista mineira agrediu com um tapa o modelo Renan Oliveira. A agressão causou a expulsão de Ana Paula do reality show, a única até hoje na história do BBB. Muitos internautas questionaram o fato de a atitude de Ana Paula não ser condizente com os valores olímpicos.

Vassoura olímpica (17/06)

Uma senhora aproveitou a passagem do revezamento por Mossoró (RN) para tentar acender uma tocha falsa, feita de vassoura, com o próprio fogo da tocha olímpica. Não conseguiu. Mas os próprios moradores da cidade potiguar entraram no clima da brincadeira e atearam fogo à vassoura. O vídeo com a idosa se contorcendo para tentar alcançar o fogo olímpico e depois correndo pelas ruas da cidade com a tocha falsa, gravado por um canal do Youtube, viralizou.

Morte da onça (20/06)

Ivo Lima/ME

Uma onça do Exército foi abatida no dia da passagem da tocha por Manaus (AM). Juma, como a felina era conhecida, foi uma das duas onças expostas em frente Comando Militar da Amazônia enquanto a tocha rodava pela cidade. Após o revezamento, o animal, provavelmente nervoso pelo tumulto do evento, tentou fugir na transição de uma jaula para outra. Mesmo alvejada por tranquilizantes, a onça tentou atacar o veterinário que a cuidava, o que forçou os militares a abaterem. A morte do animal virou notícia no mundo todo e gerou um pedido de desculpa oficial da organização da Rio-2016.

Cirurgias suspensas em Foz (25/06)

Prefeitura de Foz do Iguaçu

Por causa da passagem da tocha olímpica, todas as cirurgias eletivas foram suspensas por seis dias no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, em Foz do Iguaçu. De sábado (25) até a próxima quinta-feira (30), nenhum procedimento cirúrgico agendado será feito na unidade que atende pacientes do sistema público, só os de emergência. A medida foi tomada seguindo orientação do Plano de Contingência do Comitê Olímpico, que exige a disponibilidade de leitos para atender qualquer acidente com os condutores ou integrantes da organização do revezamento. A tocha só chega a Foz diz 30 e fica até o dia 1º de junho, mas o hospital preferiu parar as cirurgias eletivas para garantir os leitos desocupados nos dias do evento. A medida causou revolta na população de Foz.

Balde de água na tocha (27/06)

Um homem foi preso no último domingo (26) na cidade de Maracaju (MS) ao tentar apagar o fogo olímpica. O rapaz de 27 anos, cujo nome não foi divulgado pela polícia, atirou um balde de água em direção à tocha, mas a atitude acabou não interferindo no revezamento. A tentativa foi resultado de uma aposta entre amigos no Facebook. O homem foi detido por dano ao patrimônio e liberado pela Polícia Civil após pagamento de fiança de R$ 1.000. Essa não foi a única vez em que o símbolo dos Jogos foi ameaçado na passagem pelo Brasil. Dois dias antes, na sexta-feira (24), em Cuiabá, outro homem já havia tentado jogar um balde de água na tocha.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]