Flávia Saraiva na sua última apresentação, que rendeu a nota 14,533.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Flávia Saraiva estava com os olhos marejados e a voz embargada. Após terminar a prova da trave na quinta colocação, nesta segunda-feira (15), na Arena Olímpica, e encerrar sua primeira participação na Rio-2016, a carioca de 16 anos não soube explicar o faltou para subir ao pódio.

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Na fase de classificação, ela havia marcado 15.133, contra a nota de 14.533 recebida na final. “Não sei [o que aconteceu]. Acho que não foi meu dia. Mas me esforcei ao máximo, dei meu melhor. E foi o mais importante para mim”, disse a ginasta de 1,33 m e 32 kg, que virou xodó da torcida durante a competição.

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Apesar de não fazer história como a primeira medalhista individual da ginástica artística nacional, a brasileira igualou a melhor marca do país nos Jogos. Em Atenas-2004, a gaúcha Daiane dos Santos também terminou em quinto lugar, mas na prova de solo.

“[Minha performance] não foi tão boa como meu primeiro dia, mas eu gostei. Dei meu melhor. Não tenho de palavras, sabe? Foi muito bom”, disse Flavinha, emocionada.

“Vou comemorar porque sou a quinta melhor do mundo e essa é uma emoção muito grande”, emendou.

A ginasta da casa foi a última a se apresentar na tarde desta segunda e, caso obtivesse uma pontuação maior do que 14.733, marca com que a americana Simone Bile levou o bronze, seria ela quem subiria ao pódio.

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A holandesa Sanne Wevers (15.466) ganhou o ouro, enquanto Lauren Hernandez (15.333) ficou com a prata.

“Nem sabia que ela [Simone] tinha errado”, afirmou. “Acontece, às vezes a gente cai, as vezes acerta, mas bola pra frente e treinar para na próxima dar tudo certo”, terminou a atleta, que mira uma melhor colocação em Tóquio-2020.