Na Olimpíada que disputou em casa, a natação brasileira superou o número de finais das duas edições anteriores, mas ficou sem medalha. A melhor colocação foi um quinto lugar com João Gomes Jr nos 100 m peito.
Na Rio-2016, os nadadores do Brasil chegaram a oito decisões, contra seis em Pequim-2008 e cinco em Londres-2012. Em compensação, nos Jogos da China o país conquistou um ouro e um bronze, enquanto que na Grã-Bretanha ficou com uma prata e um bronze.
Desde Atenas-2004 – edição que marcou a despedida de Gustavo Borges e Fernando Scherer para o surgimento de César Cielo e Thiago Pereira nos Jogos seguintes -, o Brasil não ficava sem pódio nas piscinas.
Cielo e Pereira, aliás, foram quem garantiu o país no pódio das duas últimas Olimpíadas. O paulista, que se tornou o maior nome da natação brasileira, segue como recordista mundial nos 50 m livre, mas não conseguiu sequer se classificar para a Rio-2016. Ele conquistou o ouro e o bronze nos 50m livre em Pequim-2008 e Londres-2012, e o bronze nos 100 m livre em Pequim-2008. Já Pereira foi prata nos 400 m medley em Londres-2012.
Na Rio-2016, os nadadores brasileiros que chegaram a finais foram Felipe França e João Gomes Jr nos 100 m peito, Guilherme Guido nos 100 m costas, Thiago Pereira nos 200 m medley, Bruno Fratus e Etiene Medeiros nos 50 m livre, além dos revezamentos 4x100 m livre e 4x100 m medley masculinos.
Pereira e Fratus eram as duas principais apostas de pódio no Rio. O primeiro por ser o nadador mais experiente da equipe. Aos 30 anos, maior medalhista de Pan-Americanos, com 23 medalhas, sendo 15 de ouro, o fluminense não repetiu o bom resultado de Londres e terminou m sétimo nos 200 m medley.
Já Fratus era desde 2012, quando ficou na quarta colocação em Londres, uma das principais apostas na Rio-2016. Expectativa que só aumentou com a ausência de Cielo. Terminou em sexto no Brasil.
O resultado na piscina atrapalha a meta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de deixar o Brasil entre os dez primeiros colocados no quadro de medalhas da Rio-2016. Assim como o judô, que conquistou um ouro e dois bronzes, mas que tinha expectativas maiores, a natação deixou a desejar no Rio de Janeiro.