A seleção joga contra a Dinamarca nesta quarta (10), às 22 horas, na Fonte Nova, em Salvador (BA), não só em busca da ameaçada classificação às quartas de final da Rio-2016, mas também para não aumentar a lista de vexames recentes do futebol brasileiro.
Se a equipe do técnico Rogério Micale não vencer os escandinavos, o recém-contratado treinador da equipe principal, Tite, terá de começar o trabalho para a sequência das Eliminatórias tentando levantar o ânimo dos jogadores após dois fracassos consecutivos esse ano. Antes da Olimpíada, o Brasil, ainda comandado por Dunga, foi desclassificado na primeira fase da Copa América pelo Peru.
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Tiago Camilo, mais experiente judoca do Brasil, espera encerrar sua participação olímpica com a medalha que falta: o ouro. Prata em Sydney-2000 na categoria até 73 kg e bronze em Pequim-2008, Camilo, 34 anos, disputa no Rio o primeiro lugar na categoria até 90 kg
A paranaense Ágatha busca com a companheira Barbara consolidar a classificação à próxima fase do vôlei de praia. Com duas vitórias no Grupo B, a dupla brasileira enfrenta as espanholas Elsa e Elisa, também invictas, na arena de Copacabana.
É a hora de Neymar mostrar que pode comandar uma reação da seleção brasileira. Após os empates com África do Sul e Iraque, a seleção precisa vencer a Dinamarca para não cair na Rio-2016 e, mais uma vez, adiar a conquista do ouro olímpico.
Após vencer Camarões e Argentina com facilidade, a equipe bicampeã olímpica tem o primeiro teste de fato na Rio-2016. As japonesas são fortes na defesa e podem complicar o trabalho do forte ataque brasileiro no Maracanãzinho.
O brasileiro Marcelo Chierighini vai disputar a final dos 100 m livre. Ele se classificou com o oitavo melhor tempo.
Após dois empates diante de África do Sul e Iraque, equipes muito mais fracas tecnicamente, o Brasil precisa de uma vitória para evitar outra queda na própria casa, como foi na Copa de 2014, e seguir em busca do ouro inédito. Se empatar, o time pode cair, dependendo do resultado do confronto entre Iraque e África do Sul.
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Se a classificação não vier e, com isso, mais uma enxurrada de críticas, Micale acredita que a qualidade na seleção brasileira possa ficar ameaçada. O medo é de que Neymar decida imitar o companheiro de Barcelona Messi e abandonar a equipe nacional. Por isso, o treinador pediu à imprensa que pare de buscar “vilões” na seleção.
“Se não analisarmos friamente, não tivermos uma transição dos craques, não os respeitarmos, logo eles não vão querer estar conosco. O Neymar quis estar na Olimpíada, e volto a dizer: ele assumiu uma situação e é muito cobrado por isso com 24 anos. São fatos para refletir”, afirmou Micale.
Um dos mais experientes do grupo, Neymar não esconde o descontentamento com as críticas. No domingo (7), após o tropeço diante dos iraquianos, ele deixou o campo sem dar entrevista. Nesta terça (9), o jogador não participou da entrevista coletiva marcada pelos organizadores do evento.
Até agora, ele só participou de uma coletiva. Em Teresópolis, quando o time ainda se preparava para a disputa do torneio. Renato Augusto, que chegou com quase dez dias de atraso, já participou de três coletivas.
Nesta segunda (8), Neymar foi hostilizado por torcedores ao deixar o hotel em Brasília. Já na Fonte Nova, o técnico lamentou as críticas ao jogador do Barcelona, que é o capitão da equipe.
“Existe uma expectativa muito grande. O Brasil é pentacampeão mundial, imagino as seleções que não ganham nada há 20 anos. Lá tinham de matar todo mundo do ponto de vista dessa pressão que cresce numa esfera desproporcional”, afirmou Micale, que antes do fim da entrevista coletiva fez um apelo à torcida baiana: que não vaie a equipe.
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