Neymar vai disputar a segunda final olímpica da carreira.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

“Ô Alemanha, pode esperar, a sua hora vai chegar”. O grito ecoou no Maracanã na tarde desta quarta-feira (17). O otimismo dos torcedores foi motivado pela goleada do Brasil sobre Honduras por 6 a 0 na semifinal do futebol masculino da Rio-2016. No outro jogo do mata-mata, os alemães passaram pela Nigéria (2 a 0) - onde os torcedores brasileiros entoaram o mesmo grito-, decretando assim o primeiro reencontro entre brasileiros e europeus desde o inesquecível e traumático 7 a 1 da Copa de 2014.

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Desta vez, estará em jogo a inédita medalha de ouro para o time verde-amarelo. Ou seja, na decisão do próximo sábado (20), às 17h30, Neymar e os companheiros terão de passar por cima de dois ‘fantasmas’.

O primeiro deles é a sina dos fracassos olímpicos. A vitória sobre os hondurenhos garantiu mais um pódio para o Brasil, o sexto em Olimpíadas. Nenhum país conseguiu tantas medalhas na modalidade, mas falta justamente a conquista dourada. A seleção ficou com o bronze em Atlanta-1996 e Pequim-2008 e amargou o vice-campeonato em Los Angeles-1984, Seul-1988 e Londres-2012. Nestes últimos Jogos, já com Neymar no time.

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O camisa 10 estava em campo na derrota para o México por 2 a 1, há quatro anos. Ganhou uma nova chance de brigar pelo ouro, agora em casa, e está liderando o jovem time comandado por Rogério Micale. Nesta quarta, foi dele o gol logo aos 14 segundos que encaminhou a fácil vitória brasileira. Ele ainda marcou outro de pênalti, o último do jogo. Gabriel Jesus (duas vezes), Luan e Marquinhos também balançaram a rede.

“Neymar é um monstro. Ele encanta todo mundo com seu talento. Eu ainda acredito no futebol brasileiro e quando se tem uma estrela como ele, você tem que estar agradecido, pois ele nos leva a um nível mais alto”, elogiou Micale.

O craque do Barcelona também é o único que estava na última Copa. Não no 7 a 1 – uma fratura na coluna o tirou da semifinal em que o Brasil foi goleado de forma impiedosa –, mas ele acompanhou tudo bem de perto. Jogo com a Alemanha virou sinônimo de vergonha e chacota. A chance de mudar essa impressão na final da Olimpíada foi comemorada pelos jogadores da seleção.

“A gente sabe que vai ter um clima de Copa contra a Alemanha e vamos em busca do ouro. Essa geração quer ficar na história. Tantas outras tentaram e não conseguiram e nós temos essa oportunidade agora”, destacou o goleiro Weverton.

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“Não é uma vingança, mas uma oportunidade de reverter esse quadro de uma derrota difícil que a seleção teve contra eles”, reforçou o lateral-esquerdo Douglas Santos.