O intervalo entre as entrevistas coletivas dos nadadores americanos Michael Phelps e Katie Ledecky nessa quarta-feira (3), no centro de imprensa da Rio-2016, durou menos de cinco minutos.
Nesse ínterim, praticamente metade dos jornalistas que lotavam a sala deixou o local. O foco da mídia no maior medalhista olímpico da história (18 ouros, duas pratas e dois bronzes) é natural, ainda mais na última participação olímpica de Phelps, de 31 anos. Daqui a alguns anos, porém, é possível que Ledecky, 19, é quem esteja na posição de grande estrela do esporte.
Campeã olímpica nos 800 m livres aos 15 anos, em Londres-2012, a nadadora é um fenômeno. Já tem nove títulos mundiais e detém recordes mundiais nos 400 m, 800 m e 1.500 m livres.
No Brasil, ela disputará pelo menos cinco provas – todas com possibilidade real de ouro. Em sua especialidade, o 800 m livres, por exemplo, a americana não perde uma prova desde os 13 anos de idade – e já baixou em sete segundos a marca com a qual subiu ao lugar mais alto do pódio na Inglaterra.
“Não sei [dizer] o que me faz uma boa nadadora”, fala Ledecky, entre risos. “Apenas trabalho duro e tento meu melhor todas as vezes que subo no bloco. Tenho objetivos bem definidos e sempre penso alto”, completa a garota prodígio, que tem Phelps como ídolo.
“Estamos muito felizes [que ele será nosso porta-bandeiras na cerimônia de abertura]. Não tínhamos dúvida de que seria escolhido. Ele é o maior atleta olímpico da história e inspira a todos com o que faz na piscina”, completa.
Phelps também deverá ter a chance de conquistar mais cinco medalhas. Se classificou para os 100 m e 200 m borboleta, além de 200 m medley. É provável, entretanto, que também nada os revezamentos 4x100 m livres e medley.
De qualquer forma, a Olimpíada brasileira terá uma nova versão do melhor nadador da história. O ‘Peixe Voador’ voltou à ativa em 2014, dois anos depois de se aposentar em Londres. Agora casado e pai de um menino, deixou as polêmicas para trás e promete aproveitar cada momento de sua despedida.
“Estou me divertindo, continuo fazendo piadas no deque da piscina. Gosto muito do que faço e cheguei ao ponto que qualquer seja meu desempenho, tenho consciência de que vou encerrar a minha carreira do jeito que eu queria”, garante Phelps, que revelou ter chorado quando soube que seria porta-bandeiras.
“Sempre competi a partir do dia seguinte da abertura, então nunca achei que aconteceria. Meu sorriso foi o maior possível”.
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