A para-atleta Shirlene Coelho, 35, atual campeã da Paraolimpíada e recordista mundial de sua categoria no lançamento de dardo, foi eleita nesta segunda-feira (5) a porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos, que acontece na quarta-feira (7), no Maracanã.
Shirlene concorreu com outros 17 atletas paraolímpicos -todos homens- e recebeu 20% dos votos. Será a primeira vez na história em que uma mulher vai conduzir a bandeira brasileira na cerimônia.
Na votação, ela ficou à frente de nomes como do judoca Antônio Tenório (dono de cinco medalhas em Jogos), que obteve 18% dos votos, e do velocista Yohansson Nascimento (ouro nos 200 m em Londres-2012).
Foi a primeira vez que houve eleição para o cargo de porta-bandeira. A votação contou com a participação dos para-atletas que vão representar o Brasil no Rio. Antes, a escolha era baseada na indicação dos chefes de missão. Os candidatos tinham como requisito a conquista de, pelo menos, um ouro paraolímpico, e não podiam competir no dia seguinte da cerimônia.
Diferentemente do que acontece no universo olímpico, o país já é considerado uma potência paraolímpica. Com 287 para-atletas, o contingente nacional que competirá no Rio constitui recorde -em Londres, por exemplo, foram 189 atletas.
Na Rio-2016, a meta traçada pelo CPB (Comitê Paralímpico do Brasil) é que a delegação termine a Paraolimpíada entre as cinco melhores da classificação geral, utilizando como critério o total de medalhas de ouro.