Para ver a estreia do Dream Team na Olimpíada 2016 vale quase tudo.
No caso do estudante de educação física Manoel Victor Brito Cavalcanti, 21 anos, a adoração pelas estrelas do basquete americano significa sair de casa ainda de madrugada, às 2h55min, pegar dois voos e chegar na Arena Carioca, no Rio de Janeiro, às 13 horas – seis horas antes do início da partida deste sábado (6), contra a China. O duelo terminou 119 a 62 para os astros da NBA.
“Juntei dinheiro por um ano. É a maior realização da minha vida”, confirma o morador de Campina Grande, na Paraíba.
“Qualquer um que tocar na minha mão eu choro”, emenda o estudante, com cara de que está falando sério.
Mas não é só isso. Ao lado da namorada Thaisa Quirino Ramos, 22, ele verá quatro dos seis primeiros jogos do basquete olímpico masculino. Além de Kevin Durant, Carmelo Anthony, Klay Thompson e companhia, a dupla acompanhou a vitória da Austrália sobre a França. E depois do Dream Team, ficam no ginásio para o confronto Venezuela contra Sérvia.
Apaixonado por basquete, Cavalcanti não achou a loucura suficiente. Então, por que não dormir no aeroporto e voltar para o Parque Olímpico no domingo (7) à noite para Argentina x Nigéria?
Só depois é que o casal retorna de vez para o Nordeste. E a namora aprova a aventura, já que é treinadora de basquete de uma faculdade em Campina Grande. “Combinamos juntos a viagem”, fala Thaisa.
A única reclamação foi quanto aos ingressos. Segundo ele, uma confusão da organização o colocou mais longe do que o tíquete comprado. “Mas eu estou tão eufórico só por estar vivendo isso que vou acabar esquecendo”, releva o torcedor do Chicago Bulls.
Torcida bem-humorada apoia chineses
Se o jogo, em si, não trouxe quase nenhuma emoção, a torcida local resolver fazer graça e apoiar a China. Em determinando momento, com diferença de pontos de mais de 40 pontos em favor dos americanos, os brasileiros começaram a vibrar com as jogadas chinesas. No fim do jogo, a margem foi de quase 60.
Houve gritos de “Ole, ole, ole, olá, China, China” e “Vamos virar, China”. O mais forte, porém, era o coro de “Eu acredito”, que ficou famoso pela torcida do Atlético-MG na Libertadores de 2013.
“Os caras podem fazer mais de 50 pontos de vantagem, mas não faz mal. Estou aqui pelo show”, diz o estudante carioca Maurício Barreto, 29. “Curry e Lebron não vieram, mas têm outros caras são tão completos que não faz falta”, acredita o administrador Rafael Pedrosa, 31, que assistiu à partida com a namorada Amanda Xavier, 30.
E não faltaram jogadas de efeito. Sobraram enterradas, pontes aérea e dribles desconcertantes. Mas no fim das contas, cada um dos 62 pontos da China ganharam valor até maior na noite de zoeira da torcida com seu ‘saco de pancadas’ preferido.
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