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Isquias Queiroz durante preparação para competição em Curitiba, em agosto. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Isquias Queiroz durante preparação para competição em Curitiba, em agosto.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

“Se ele falar que é o João Tomasini, eu só acredito se ele mostrar o documento, de tanto que ele mente.” A declaração, contra o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), é do principal nome da canoagem brasileira velocidade, Isaquias Queiroz, que nesta sexta-feira liderou um boicote do time da canoa masculina ao evento-teste da modalidade, no Rio.

Ele, Erlon de Souza, Nivalter Santos e Ronilson de Oliveira resolveram não competir na Lagoa Rodrigo de Freitas alegando que a CBCa não paga há oito meses o salário combinado com os quatro atletas. A verba da entidade é obtida por meio do patrocínio do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento).

Dirigente da canoagem rebate críticas e diz que equipe recebe R$ 88 mil por mês

O presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), João Tomasini Schwertner, questionou as críticas dos atletas que boicotaram nesta sexta-feira (4) evento-teste da canoagem velocidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. O dirigente garantiu que os atletas não estão “desassistidos” e deu sua versão sobre o imbróglio que atrasou repa

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De acordo com Isaquias, os atletas não estão reclamando por estarem recebendo menos recursos do que deveriam. A crítica é pelo fato de os valores estarem sendo repassados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), enquanto BNDES e CBCa postergam há oito meses o início dos pagamentos.

“Imagina assim. A confederação chega e fala ‘Nivalter, vou pagar você’, mas depois não paga. ‘Só que você vai representar meu nome e vou guardar meu dinheiro’. O COB paga, o BNDES guarda o dinheiro deles. O COB viu que a gente ia ficar sem receber e se ofereceu para pagar por três meses. A confederação viu e foi deixando”, explicou Isaquias, em conversa com a reportagem, junto com os companheiros.

O incômodo da seleção brasileira masculina de canoa (os atletas do caiaque e da canoa feminina, de menor nível técnico, não recebem tais valores e não fazem parte do boicote) é com a alegada falta de palavra de João Tomasini, presidente da CBCa desde abriu de 1988 - comemorou bodas de prata no cargo.

Com salários atrasados, brasileiros da canoagem boicotam evento-teste

O evento-teste da canoagem velocidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começou nesta sexta-feira (4) com um protesto dos principais atletas brasileiros. Isaquias Queiroz, Erlon de Souza, Nivalter Santos e Ronilson de Oliveira resolveram não competir na Lagoa Rodrigo de Freitas. Campeão mundial, Isaquias foi o porta-voz dos companheiros e e

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“Ele disse que a gente ia ter uma camisa para divulgar o nosso patrocinador, depois disse que podia ter só BNDES. Quando a gente falou que ele tinha prometido, ele disse que não falou. Aí ele disse: ‘Você me chamou de mentiroso’. Mas quem falta com a verdade é mentiroso”, continua Isaquias.

Candidato a três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, Isaquias reclama que, sem poder divulgar seus patrocinadores pessoais (ele é atleta da Petrobrás), corre o risco de perder o suporte. Ele, Erlon, Nivalter e Ronilson pretendem entrar de férias já neste sábado.

Os quatro participaram do Campeonato Mundial, em Milão (Itália), há duas semanas. Isaquias e Erlon venceram o C2 1.000 m, enquanto Isaquias foi bronze no C1 200 m. O baiano é especialista no C1 1.000 m (foi bronze em 2013) e não participou desta prova para se focar nas outras, que ofereciam classificação olímpica pelo Mundial. Agora que mostrou condições de subir ao pódio nas três provas da canoa, pode participar de todas na Olimpíada. Se isso acontecer, só ele e Erlon vão aos Jogos. Nivalter só irá se Isaquias abrir mão dos C1 200 m.

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