O terceiro medalhista de ouro do Brasil na Rio-2016 veste luvas de dez onças. O baiano Robson Conceição coroou na noite desta terça-feira (16), no Pavilhão 6 do Riocentro, uma trajetória de esforço e insistência até o inédito primeiro lugar do país na história do boxe olímpico.
O pugilista de 27 anos se junta a Rafaela Silva (judô) e Thiago Braz (salto com vara), como os únicos atletas do Time Brasil que subiram no lugar mais alto do pódio no Rio.
QUADRO DE MEDALHA: veja a classificação dos Jogos do Rio
Recebido ao coro de ‘o campeão chegou’, o boxeador de Salvador venceu o francês Sofiane Oumiha, 21, por decisão unânime.
Durante os nove minutos da luta, o público fez muito barulho no ginásio. Batendo os pés nas arquibancadas de metal, a torcida transformou o local em um caldeirão. A cada golpe do atleta da casa, a vibração era enorme. Ao fim do terceiro round, a arena explodiu e aplaudiu de pé a atuação do brasileiro, que venceu quatro combates até sagrar-se campeão.
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Não faltou preparação. O baiano estava em sua terceira Olimpíada. Eliminado logo na primeira luta em Pequim-2008 e também em Londres-2012, conseguiu superar o trauma da estreia em casa. Tudo à base de muito suor e sangue.
“Fui espancado nos treinos”, relatou Robson após derrotar na semifinal o atual tricampeão mundial, o cubano Lázaro Alvarez. Antes, nas quartas, bateu o uzbeque Hurshid Tojibaev vencedor da liga profissional da Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) no ano passado. Na estreia, Anvar Yunusov, do Tadjiquistão, ficou no caminho, derrotado por nocaute técnico.
Revelado na academia Champion, em Salvador, Robson é obcecado por ser o melhor, diz seu técnico pessoal, Luiz Dórea. Além disso, vive a rotina de uma atleta de ponta, sem desvios
“Quer ser sempre o mais rápido, o mais forte. Ele vive para ser atleta. Treina, se alimenta e descansa com a família. É muito focado”, analisa o agora treinador do campeão olímpico.
História
A conquista de Robson Conceição é a quinta do boxe brasileiro em Jogos Olímpicos. O pioneiro foi Servílio de Oliveira, bronze no México, em 1968.
Há quatro anos, em Londres, outras três medalhas. Esquiva Falcão foi prata e Yamaguchi Falcão, seu irmão, bronze. A baiana Adriana Araújo, que treina na mesma academia de Robson, também voltou com o prêmio de terceira colocada da Inglaterra.
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