Bicampeão olímpico na classe laser (Atlanta-1996 e Atenas-2004), o velejador Robert Scheidt disputará somente o bronze em sua última competição pela categoria. A regata das medalhas, que vale pontos dobrados, começa nesta segunda-feira (13), às 14h05, com o Pão de Açúcar como pano de fundo.
Para adicionar mais um modelo à sua coleção – além de dois ouros, o paulista tem duas pratas e um bronze em cinco edições dos Jogos –, será necessário torcer para uma combinação de resultados. Quase um milagre.
Nas dez provas disputadas até aqui, Scheidt acumula 87 pontos perdidos, empatado com o britânico Nick Thompson, atual bicampeão mundial, na quinta colocação.
Como na regata final é possível tirar no máximo 18 pontos para os ponteiros, o primeiro e o segundo lugar estão inalcançáveis. O croata Tonci Stipanovic é o líder (57 pontos perdidos), seguido pelo australiano Tom Burton (67).
Assim, a meta é superara o neozelandês Sam Meech (77) e o francês Jean Baptista Bernaz (86). O brasileiro precisa terminar a prova seis posições à frente Meech, além também ficar à frente de Bernaz e Thomspon. O problema é que apenas os dez melhores classificados participam da regata final.
“A pontuação embaralhou muito e agora preciso de uma combinação de resultados na medal race. Não é impossível, mas é uma situação bem mais difícil. Mas vamos lutar para recuperar esses pontos, vou entrar na regata da medalha para tentar ganhar, sendo mais agressivo”, comentou o velejador, que vai trocar de categoria após a Rio-2016. Em Pequim-2008 e Londres-2012 ele velejou na star.
O grande problema de Scheidt foi a inconsistência. Ele venceu apenas uma prova e ficou fora do top 10 por cinco vezes. Aos 43 anos, terá de usar sua experiência para confirmar mais um pódio e superar Torben Grael como maior medalhista do Brasil nos Jogos.
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