As crianças tomaram conta do Parque Olímpico, na Rio-2016| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

A criançada tomou conta do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Antes e depois das provas, muitos pais estão aproveitando as férias escolares dos filhos, transferidas para agosto por causa da Olimpíada, passear no principal local de disputas da Rio-2016. Um clima bem diferente no encontrado nos estádios em partidas de futebol.

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“Até hoje, só levei meu filho mais velho uma vez a um jogo de futebol de medo que tenha alguma briga de torcida. Aqui não. O clima é totalmente diferente, muito mais seguro e organizado”, explica o professor de educação física Leandro Marques, 33 anos, torcedor do Fluminense, que nesta sexta assistiria à partida entre Brasil e Alemanha no handebol masculino junto com a esposa, a enfermeira Ana Júlia Marques, 31 anos, e os filhos Enzo (5 anos), Theo (3 anos) e Lucca (de apenas 4 meses).

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Ana Júlia elogia a estrutura e o clima familiar no Parque Olímpico. Tanto que a família trouxe até o caçula, ainda bebê de colo. “Inicialmente eu não ia trazer. Mas achei que não seria justo ele crescer sem uma lembrança da Olimpíada”, diz a mãe.

A chance de ter uma recordação dos Jogos motiva muitos pais a levar os filhos à Rio-2016. É o caso do casal de engenheiros Milena e Alvaro Carvalheira, 43 e 44 anos, respectivamente. Os dois vieram de São Paulo com os filhos Gustavo, 11 anos, e Murilo, 7. “Eu levei 44 anos para poder ver uma Olimpíada ao vivo pela primeira vez e os meus filhos nessa idade já estão tendo a oportunidade de estar perto dos maiores atletas do mundo”, ressalta o pai, que vai com a família ver as provas de basquete, natação, atletismo e handebol.

Gabriela de Souza Vargas, 7 anos, já sabe a primeira coisa que vai fazer na escola quando voltar das férias: contar para os coleguinhas tudo o que viu na Olimpíada. “É tudo muito bonito. Adorei aquela quadra”, diz, apontando para o Centro Olímpico de Tênis, a estrutura mais chamativa do parque, junto com o vizinho velódromo.

Os pais de Gabriela, o engenheiro Raulino Vargas, 42 anos, e a dona de casa Alessandra Rosa de Souza, 41 anos, vão aproveitar a quinta-feira de folga não só para ver o jogo entre Brasil e Croácia no basquete masculino, mas também para passear no Parque Olímpico. “Vamos passar o dia aqui passeando, fazendo lanche e tirando foto”, afirma o pai.

Já aposentada Nilza Rodrigues Henriques, 69 anos, não perdeu a oportunidade de homenagear o país em que nasceu, Portugal. Deu para o neto Cauã, de dois anos, uma bandeira lusitana para correr pelo calçadão do parque. A mãe do menino, a advogada Luciana Mello Francesconi, 33 anos, diz que Cauã está adorando. “Ele não para de gritar Brasil e Vasco”, revela.

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Já o administrador Henrique Rebuzzi, 39 anos, afirma que os filhos Pedro Henrique, 17, e Miguel, 4 anos, estão gostando tanto da Olimpíada que vai ter que comprar mais ingressos. Ele, os filhos, a esposa e o sogro também iriam assistir ao jogo do Brasil no handebol nesta quinta, mas vão tentar comprar mais ingressos para os outros dias. “É mais caro comprar em cima da hora, mas vale a pena. O clima está muito gostoso”, afirma.

O engenheiro Raulino Vargas, a dona de casa Alessandra Rosa de Souza e a filha Gabriela de Souza Vargas
O professor de Educação Física Leandro Marques, a enfermeira Ana Júlia Marques e os filhos Theo, Lucca e Enzo
Henrique Rebuzzi, carioca, 39 anos, com os filhos Pedro Henrique (17 anos) e Miguel (4), a esposa e o sogro
O engenheiro Alvaro Carvalheiro, a engenheira Milena Carvalheiro, e os filhos Gustavo e Murilo