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Choro da lenda Serginho: ouro para coroar carreira. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
Choro da lenda Serginho: ouro para coroar carreira.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O líbero Serginho era, claramente, o jogador mais emocionado no pódio durante a premiação do ouro olímpico conquistado pela seleção masculina de vôlei neste domingo (21). Não segurou as lágrimas. O paranaense de Diamante do Norte se aposenta do time nacional de maneira brilhante.

FOTOS da conquista brasileira no vôlei

Esta é a segunda conquista dourada da carreira do jogador. Ele ainda tem duas medalhas de pratas, o que o torna o maior vencedor olímpico da história da modalidade entre os homens. É também o maior medalhista do país em esportes coletivos.

HISTÓRICO de medalhas do Brasil

O atleta de 40 anos virou o grande símbolo da seleção dentro de quadra e recebeu o reconhecimento. Após a contundente vitória do Brasil por 3 sets a 0 contra a Itália na decisão, a torcida no Maracanãzinho gritou “ei, ei, ei Serginho é nosso rei”. O líbero foi arremessado para cima pelos companheiros. Já depois do pódio, os outros jogadores ainda beijaram uma camisa 10 de Serginho jogada dentro de quadra.

“O Serginho é mais que um amigo. Ele é um exemplo para todos nós e foi de suma importância para essa geração. Ele deu não só experiência, mas a alma para cada treino e partida. O discurso mais tocante dele foi após o jogo com a França [o último da primeira fase], quando disse que estava na UTI e queria que nós jogássemos por ele”, contou o levantador Bruninho.

“Uma coisa que ele falou e tocou muito a gente é que ele não teria outra chance, nós teríamos [de jogar outra Olimpíada]. Esse título é dedicado totalmente a ele, que é um cara que se doou o máximo, em momento algum tirou o pé”, reforçou o oposto Wallace, companheiro de quarto de Serginho.

Escadinha, como é conhecido, decidiu se afastar da seleção após o vice-campeonato olímpico de Londres-2012. No entanto, no ano passado, ele foi convencido por Bernardinho a voltar para a equipe verde-amarela. O técnico sabia da importância que o veterano teria na Rio-2016.

“Era minha última tentativa de ser bicampeão olímpico e os caras me ajudaram. Foi uma vitória de um grupo que merecia muito”, exaltou Serginho.

Descontraído e agora com mais uma medalha de ouro no peito, o jogador diz que o objetivo agora é não pensar no esporte por um bom tempo. “Preciso tomar tubaína, comer o bolo de cenoura da minha mãe, buscar meus filhos na escola. Quero voltar a ser o Sérgio normal. Eu tenho dois sonhos: um eu realizei que era ser jogador de vôlei, o outro é parar de jogar. Preciso parar com essa ‘desgraça’”, brincou o paranaense que alcançou status de lenda da modalidade.

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