A prova dos 100m rasos é a mais midiática e valorizada do atletismo, mas Usain Bolt nunca escondeu de ninguém: gosta mesmo é de correr os 200m. Nesta quinta-feira (18), no Engenhão, ele chegou ao tricampeonato olímpico na Rio-2016 em sua prova preferida.
Debaixo de garoa, o jamaicano não conseguiu cumprir a promessa de bater o próprio recorde mundial (19s19), mas repetiu sua melhor marca no ano: 19s78. Nos Jogos de Londres, ele levou o ouro com 19s32.
Bolt mostrou mais uma vez que, aos 29 anos, ainda não tem adversário. Ele chegou bem à frente do segundo colocado, o canadense Andre De Grasse (20s02). O bronze ficou com o francês Christophe Lemaitre (20s12).
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Leia a matéria completaAntes da prova, no momento de sua apresentação, Bolt simulou passos de dança. Depois da prova, deu a volta olímpica sendo ovacionado pelo público e ao som “One Love”, de Bob Marley. Parou perto de alguns torcedores e tirou selfies. Tudo parece uma saudável brincadeira de criança para ele, mas seus feitos são dignos de uma lenda do atletismo, como gosta de se autoproclamar.
Assim como nos 100m, ele é o primeiro atleta da história a conseguir três ouros consecutivos nos 200m. E não vai parar por aí.
Ainda falta para ele a final do revezamento 4x100m em que ele busca outro tricampeonato olímpico para fechar a chamada “tripla tríplice coroa” com vitórias consecutivas em suas provas em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016. Uma realização monstruosa.
A prova será já nesta sexta-feira (19), às 22h35 e marcará a despedida olímpica de Usain Bolt. Ele anunciou que os Jogos do Rio serão os últimos da carreira. Ele foi derrotado só uma vez em Olimpíadas, em Atenas-2004, quando, ainda com 17 anos, não avançou para a semifinal dos 200m.
O jamaicano tem tudo para fechar a trajetória com nove conquistas douradas, o que o tornará o maior medalhista de ouro da história do atletismo ao lado do norte-americano Carl Lewis e do finlandês Paavo Nurmi.
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