Na última semana, dois astros do esporte mundial – a tenista Maria Sharapova e o jogador de basquete Stephen Curry – tiveram a ausência na Olimpíada do Rio confirmada. O evento em agosto reunirá grandes ícones, mas o ‘cardápio de estrelas’ poderia ser ainda maior. Falta de índice técnico, contusões, doping e aposentadorias são algumas das razões que tiraram grandes nomes da competição.
Clique abaixo e confira os principais desfalques olímpicos já confirmados.
Stephen Curry e Kobe Bryant (basquete)
AINDA PODE FICAR FORA: Yelena Isinbayeva (atletismo-salto com vara)
Maria Sharapova (tênis)
Motivo: doping
A russa, medalhista de prata nos últimos Jogos de Londres e um dos principais nomes do tênis mundial, não poderá participar da Rio-2016 por ter sido flagrada no teste antidoping durante o Aberto da Austrália, em janeiro. Os exames acusaram o uso de Meldonium – substância proibida que melhora a capacidade cardíaca do atleta. Nesta semana, a Federação Internacional de Tênis, anunciou a suspensão de dois anos para Sharapova. Ele só poderá voltar às quadras em 2018.
Stephen Curry (basquete)
Motivo: opção pessoal
Eleito por unanimidade o melhor jogador da atual temporada da NBA, o armador anunciou no último dia 6 que desistiu de competir na Olimpíada do Rio. O armador sofreu recentes contusões no joelho e no tornozelo. Além disso, vem de uma série intensa de jogos com o seu time, o Golden State Warriors, que está na final e briga pelo bicampeonato da liga norte-americana.
“Minhas experiências anteriores com a seleção americana de basquete foram extremamente gratificantes, educativas e agradáveis, o que tornou essa uma decisão extremamente difícil para mim e minha família. Mas minha prioridade relacionada ao baquete neste verão é focar no meu corpo e estar pronto para a temporada 2016/17 da NBA”, declarou o astro norte-americano.
Kobe Bryant (basquete)
Motivo: aposentadoria
Lenda do basquete mundial, Kobe optou por se aposentar após o fim da temporada regular da NBA e não vem para o Rio. Com 37 anos, ele fez seu último jogo oficial em 13 de abril. A despedida foi digna, com o atleta anotando 60 pontos na vitória do Los Angeles Lakers sobre o Utah Jazz. O astro tem dois ouros olímpicos no currículo, conquistados em Pequim-2008 e Londres-2012.
O basquete é uma das modalidades que mais registrará ausências olímpicas. O time brasileiro, por exemplo, não poderá contar com o pivô Tiago Splitter, contundido. O Dream Team americano já tem confirmado os desfalques de outras estrelas como Anthony Davis, Blake Griffin, Chris Paul e John Wall.
Já Pau Gasol, principal nome do time da Espanha, declarou que cogita não vir ao Rio por causa da epidemia do vírus zika.
Cesar Cielo (natação)
Motivo: falta de índice técnico
Único medalhista de ouro da natação brasileiro, Cesar Cielo esperava voltar ao pódio olímpico em casa. Era, inclusive, o atleta mais cotado para carregar a bandeira brasileira no desfile de abertura dos Jogos. No entanto, ele poderá acompanhar a disputa apenas como espectador.
O atleta de 29 anos não conseguiu registrar uma marca suficiente para representar o país na prova dos 50m livre. A última chance foi no Troféu Maria Lenk, em abril, mas ele acabou superado por Bruno Fratus e Ítalo Manzine, que vão nadar a prova na Olimpíada.
Emanuel (vôlei de praia)
Motivo: opção técnica e aposentadoria
Pela primeira vez, a disputa olímpica do vôlei de praia não terá Emanuel. O curitibano, que fazia dupla com Ricardo, não foi escolhido para defender o país na Rio-2016. Acabou convocado como reserva, mas decidiu se aposentar antes da Olimpíada. A despedida foi em março. Ele encerrou a carreira com 42 anos. Foram cinco participações olímpicas e três medalhas: um ouro (Atenas-2004), uma prata (Londres-2012) e um bronze (Pequim-2008).
Lionel Messi (futebol)
Motivo: calendário
O intenso calendário de jogos impede a vinda do melhor jogador do mundo para a Olimpíada de 2016. Diferente do Brasil, que optou por ter Neymar nos Jogos, a Argentina prioriza a Copa América, em andamento nos Estados Unidos. A seleção principal dos ‘Hermanos’ não conquista um título com a equipe principal desde 1993. Por isso, Messi – medalhista de ouro em Pequim-2008 – vai liderar o time no torneio continental em busca do fim do jejum. Durante a Rio-2016, ele estará em pré-temporada com o Barcelona.
Portugal, Suécia e Alemanha estão classificados para os Jogos, o que permitira a participação de Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e alguns dos campeões mundiais da Alemanha, no entanto, como as estrelas vão participar da Eurocopa, em junho, serão poupados da Olimpíada.
Irmãos Falcão (boxe)
Motivo: opção pessoal
Os irmãos Esquiva e Yamaguchi Falcão fizeram história em Londres-2012 ao subirem no pódio. Os dois, no entanto, optaram por migrar para o boxe profissional depois da última Olimpíada. No início do mês, a Associação Internacional de Boxe Amador liberou a participação de pugilistas profissionais na Rio-2016 – uma decisão polêmica. Mesmo, assim os irmãos, focados no novo rumo da carreira, não vão participar do Pré-Olímpico no Azerbaijão, em julho.
Francesca Piccinini (vôlei)
Motivo: opção técnica
A italiana - que defendeu o Rexona, em Curitiba, entre 1998 e 1999 – já está com 37 anos, mas mostrou estar em ótima forma ao conduzir o Pomi Casalmaggiore ao título da Champions League de vôlei feminino europeu. Ela ainda foi eleita a melhor jogadora da competição.
Com quatro Olimpíadas no currículo, a jogadora poderia ser uma peça importante no jovem elenco da seleção da Itália. No entanto, ela foi pouco aproveitada no Pré-Olímpico Mundial, em maio, e sequer foi convocada para o Grand Prix, em andamento no Rio de Janeiro. Depois disso, anunciou a aposentadoria da equipe nacional.
A relação com o técnico da seleção, Marco Bonitta, não é das melhores, o que ajuda a explicar a ausência. “A última etapa da qualificação olímpica, no Japão, fez-me perceber que as escolhas do treinador, eu respeito, mas não concordo. Elas não correspondem às minhas expectativas e ao que eu represento”, disparou a jogadora.
AINDA PODE FICAR FORA DA OLIMPÍADA
Yelena Isinbayeva (atletismo - salto com vara)
Motivo: punição à Rússia por doping
Bicampeã olímpica e estrela do atletismo mundial, a saltadora pode ser impedida de competir na Rio-2016 por causa da punição imposta aos atletas russos da modalidade. Em novembro de 2015, a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) suspendeu o país das competições depois de um relatório Agência Mundial Antidoping que escancarou o doping sistemático na modalidade e atuação de autoridades do país europeu para encobrir os casos.
Isinbayeva já se mostrou revoltada com a possível ausência, pois, segundo ela, não é justo que pague por erros dos outros. “É uma violação direta dos direitos humanos, discriminação. No caso de uma decisão negativa para nós, eu, pessoalmente, irei a um tribunal internacional em matéria de direitos humanos”, declarou.
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