Depois de brilhar no Pan em Lima, os atletas do Brasil já começam a pensar nos Jogos de Tóquio, em 2020. Claro que para muitos ainda existem mundiais pelo caminho, torneios importantes e até a classificação olímpica. Mas a preparação será totalmente focada em fazer um bom papel no Japão.
Os desafios são enormes. Existe a questão do fuso horário de 12 horas para o Brasil, então os atletas precisam chegar um bom tempo antes para fazer aclimatação, os hábitos alimentares lá são diferentes e o clima, com perspectiva de muito calor no período da Olimpíada, será um adversário complicado para todos os atletas.
"No Pan tive minha primeira prova de 10 km após a classificação no Mundial e foi uma prova totalmente atípica se levarmos em conta como será em Tóquio. Primeiro porque foi realizada em água fria, em uma lagoa, com traje de neoprene, e em Tóquio será água quente, mar, provavelmente sem traje desse tipo que usamos, então são provas distintas", comentou Ana Marcela Cunha, que ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos na maratona aquática.
Na Olimpíada do Rio, em 2016, Ana Marcela teve um problema durante a prova, acabou perdendo sua alimentação no trajeto e isso tirou suas chances de pódio. Mas depois emendou bons resultados nos dois últimos Mundiais e agora sabe que tem chances de pódio em Tóquio. "A gente chega com o favoritismo pela expectativa que a gente cria, pelos bons resultados, e não dá para fugir disso", disse a nadadora.
Quem também ganhou o ouro no Pan e quer mais uma medalha olímpica para sua coleção é Mayra Aguiar, que terá uma missão complicada para subir ao pódio justamente no país em que sua modalidade é mais tradicional.
"Poder lutar no meu país e depois poder ter a chance de lutar no japão que é meu esporte, vai ser especial, tem um gosto especial por ser lá. A medalha se constrói no caminho e amanhã já estarei trabalhando para poder montar essa medalha", afirmou a judoca.
No Pan, alguns atletas que são cotados para subir ao pódio em Tóquio não conseguiram a medalha de ouro.
Foi o caso de Henrique Avancini, do ciclismo mountain bike, que teve seu pneu furado na prova, perdeu muito tempo no conserto e acabou sendo prata. Quem também não obteve o ouro foi Arthur Zanetti, na ginástica artística, e Icaro Miguel, no tae kwon do. Ambos foram prata, mas vão dar trabalho para seus rivais nos Jogos de Tóquio, com chances reais de pódio.
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